Elo Primitivo

terça-feira, abril 27, 2004

Borboleta de Rimbaud


É na força que me reconheço. Estranho o instante em que vejo; o que me falta traduz-se em desejo, o que me move é apenas ficção. Construo personagens ambíguos, simulacros da imaginação. Erguem-se ao perder, decifram equívocos no deslize de ser. Desnudo camadas conscientes, inauguro utopias coerentes. É nesse ser selvagem que encontro a metamorfose das patas em escamas transparentes.