Afeto
"Só em momentos de afeto avassalador, emergem à superfície fragmentos ou imagens. O sintoma inevitável que acompanha tal fenômeno é o da identificação momentânea do eu com essas manifestações, que são renegadas logo depois. É fabuloso o que se pode dizer movido pelo afeto. Mas todos sabem com que facilidade essas coisas são esquecidas e renegadas... o hábito de interromper o fluxo do inconsciente, corrigi-lo ou criticá-lo reforçou-se pela tradição e pelo medo que se tem de admitir diante dos outros ou de si mesmo a angústia mobilizada pelas verdades insidiosas, compreensões arriscadas e constatações desagradáveis: o receio, enfim, de tudo o que faz o homem fugir de si mesmo como de um flagelo..."
O Eu e o inconsciente, C.G. Jung, ed. Vozes, página 78.
O Eu e o inconsciente, C.G. Jung, ed. Vozes, página 78.
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