Os caminhos da Liberdade
Revista Cult 84
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Simone de Beauvoir apresenta, em Memórias de uma moça bem comportada, suas primeiras impressões a respeito das paixões de Sartre: “Com o romantismo da época e seus vinte e três anos, sonhava com grandes viagens (...). Não se enraizaria em nenhum lugar, não se embaraçaria com nenhuma posse: não para se conservar vãmente disponível, mas para testemunhar tudo. Todas as suas experiências deveriam ser úteis à sua obra e afastava todas as que pudessem diminuí-la. (...) Sartre sustentava que, quando se tem alguma coisa a dizer, todo desperdício é criminoso. A obra de arte, a obra literária era a seus olhos um fim absoluto; ela trazia em si sua razão de ser e de seu criador, e talvez mesmo – não o dizia mas eu suspeitava de que estivesse persuadido disso – a do universo inteiro.”
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