Elo Primitivo

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Ai que saudade de ocê

Um cara que chegou aqui em casa há seis anos atrás, alçou seu primeiro vôo solo em terras distantes, e bota distante nisso _ 9.000 milhas.
Impossível não relembrar do meu primeiro vôo solo aos 16 anos com uma amiga: da Bahia ao Ceará pelo litoral.
Em Porto Seguro ouvi a música, na voz de um conjunto local, que marcou essa viagem e que muitos anos depois se tornou sucesso nas rádios, na voz de Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho.
Sinto o quanto dessa canção se potencializou em mim, já que ela retorna justamente hoje.
A autoria é desconhecida, mas aposto que encontrou inúmeros co-autores por esse Brasil afora. O meu beijo atravessa o Atlântico. Beijos imaginários que se materializarão daqui há três longas semanas.
.
.
Não se admire se um dia
Um beija flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Ai que saudade de ocê......
.
Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijos
Ai que saudade sem fim
Ai que saudade sem fim...

E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Ocê caia no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê.