Elo Primitivo

quarta-feira, março 16, 2005

Imagine a cena:


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Ano: 1666.
Mês: janeiro.
Local: Woolsthorpe.
Quarto escuro.
Um fino raio de luz branca vindo da janela, através da persiana, entra no cômodo; atravessa o prisma e reflete as cores do arco-íris numa tela.
Cai por água abaixo a teoria de Descartes de que as cores são modificações da luz branca. Ao contrário, ela as compõem.
Eu queria estar lá, queria ter visto esta maravilha. A surpresa e o deslumbramento no rosto de Newton. Os sons que chegavam ao quarto, os cheiro, os insetos ...
A experiência do cara é poesia pura, aliás, a ciência está cheia de poetas que acreditaram em suas loucuras e bancaram seus sonhos.