O primeiro dia a gente não esquece
.......... A grande atração – Livros! – a experimentação de todos. Diferentes formatos, cores, espessuras, temas, cheiros, tudo é pretexto e convite. Como um passe livre para o parque de diversões.
..........Borges imaginou o paraíso como uma grande biblioteca. Hoje, a festividade em torno da palavra escrita é no Riocentro.
..........Encontrei Suzana Vargas logo na entrada, comandando a Arena Jovem (Pavilhão Vermelho). Sucesso absoluto de público no bate-papo com Nelson Motta e Ezequiel Neves.
..........O Café Literário (Pavilhão Verde) está mais aconchegante nesta edição. Ivo Pitanguy foi o primeiro convidado no amigos para sempre falando sobre Fernando Sabino. Emocionou! Garantiram os que assistiram. Eu não vi, mas acredito na fonte.
..........Minha opção foi o Jirau de Poesia, novidade patrocinada pela Mastercard. Claufe Rodrigues receberá 50 poetas - todos do Rio de Janeiro - nos 11 dias do evento. Participaram da estréia Adriano Espínola, Claudia Roquette-Pinto, Francisco Bosco, Marcelo Diniz e Tanussi Cardoso. A poesia contemporânea conquista, a cada dia, sua permanência. Tanussi disse: “Nosso público é diferenciado e merece aplausos porque sai de suas casas para ouvir o silêncio; o barulho da poesia.” Adriano Espínola embalou a platéia num cântico que impelia a viagens regionais. Claudia Roquette-Pinto, já consagrada, ainda um pouco tensa na palavra falada, leu poemas do premiado livro Corola, Ateliê Editorial e privilegiou os presentes com alguns inéditos. Francisco Bosco, poeta, letrista e doutorando em Letras, sem pedir licença, trouxe a platéia intimamente para junto de si com poemas do seu belo livro Da amizade, ed.7 letras. Marcelo Diniz, poeta, letrista, doutorando em Letras conquistou risos e simpatia do público; primeiro por uma estrondosa microfonia não planejada, depois, pela declamação do poema Fezes. Entre um momento e outro, densidade, inovação em imagens, potência da palavra na leitura de Trecho, ed. Aeroplano - esgotado - e do primoroso Cosmologia, ed. 7 letras.
..........A seguir: Tom Wolfe. Curioso ver um norte-americano como principal atração, sendo a França o país homenageado da Bienal 2005. Sua chegada ao auditório Fernando Sabino (Pavilhão Azul) provocou tumulto entre os muitos fotógrafos numa sessão de quase 10 minutos com cliques ininterruptos. Momentos antes, as duas últimas fileiras de cadeiras extras haviam sido retiradas do auditório. Tentativa inútil de diminuir o constrangimento com o número irrisório de ouvintes. Ele falou, entre outras, que os jornais abordam as notícias de maneira superficial, abrindo lacunas para o interesse em seu estilo de literatura. Deu conta do recado, mas não empolgou.
..........O burburinho dos corredores, a movimentação nos estandes, seduzir-se por um título específico, estourar o limite do cartão de crédito; vale tudo nessa viagem.
..........Abracei os amigos. Dirigi ao som de Jeff Buckley. No banco do carona: Pagu, Mil e Uma Noites, Rubem Braga, Dalton Trevisan etc.
..........Na cachola um pensamento: A Arte é uma forma de presença onde até a solidão é compartilhada. Sintomaticamente lembrei de Jules Renard: “Quando penso em todos os livros que ainda posso ler, tenho a certeza de ainda ser feliz."
..........Borges imaginou o paraíso como uma grande biblioteca. Hoje, a festividade em torno da palavra escrita é no Riocentro.
..........Encontrei Suzana Vargas logo na entrada, comandando a Arena Jovem (Pavilhão Vermelho). Sucesso absoluto de público no bate-papo com Nelson Motta e Ezequiel Neves.
..........O Café Literário (Pavilhão Verde) está mais aconchegante nesta edição. Ivo Pitanguy foi o primeiro convidado no amigos para sempre falando sobre Fernando Sabino. Emocionou! Garantiram os que assistiram. Eu não vi, mas acredito na fonte.
..........Minha opção foi o Jirau de Poesia, novidade patrocinada pela Mastercard. Claufe Rodrigues receberá 50 poetas - todos do Rio de Janeiro - nos 11 dias do evento. Participaram da estréia Adriano Espínola, Claudia Roquette-Pinto, Francisco Bosco, Marcelo Diniz e Tanussi Cardoso. A poesia contemporânea conquista, a cada dia, sua permanência. Tanussi disse: “Nosso público é diferenciado e merece aplausos porque sai de suas casas para ouvir o silêncio; o barulho da poesia.” Adriano Espínola embalou a platéia num cântico que impelia a viagens regionais. Claudia Roquette-Pinto, já consagrada, ainda um pouco tensa na palavra falada, leu poemas do premiado livro Corola, Ateliê Editorial e privilegiou os presentes com alguns inéditos. Francisco Bosco, poeta, letrista e doutorando em Letras, sem pedir licença, trouxe a platéia intimamente para junto de si com poemas do seu belo livro Da amizade, ed.7 letras. Marcelo Diniz, poeta, letrista, doutorando em Letras conquistou risos e simpatia do público; primeiro por uma estrondosa microfonia não planejada, depois, pela declamação do poema Fezes. Entre um momento e outro, densidade, inovação em imagens, potência da palavra na leitura de Trecho, ed. Aeroplano - esgotado - e do primoroso Cosmologia, ed. 7 letras.
..........A seguir: Tom Wolfe. Curioso ver um norte-americano como principal atração, sendo a França o país homenageado da Bienal 2005. Sua chegada ao auditório Fernando Sabino (Pavilhão Azul) provocou tumulto entre os muitos fotógrafos numa sessão de quase 10 minutos com cliques ininterruptos. Momentos antes, as duas últimas fileiras de cadeiras extras haviam sido retiradas do auditório. Tentativa inútil de diminuir o constrangimento com o número irrisório de ouvintes. Ele falou, entre outras, que os jornais abordam as notícias de maneira superficial, abrindo lacunas para o interesse em seu estilo de literatura. Deu conta do recado, mas não empolgou.
..........O burburinho dos corredores, a movimentação nos estandes, seduzir-se por um título específico, estourar o limite do cartão de crédito; vale tudo nessa viagem.
..........Abracei os amigos. Dirigi ao som de Jeff Buckley. No banco do carona: Pagu, Mil e Uma Noites, Rubem Braga, Dalton Trevisan etc.
..........Na cachola um pensamento: A Arte é uma forma de presença onde até a solidão é compartilhada. Sintomaticamente lembrei de Jules Renard: “Quando penso em todos os livros que ainda posso ler, tenho a certeza de ainda ser feliz."
12/05/05
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