Elo Primitivo

quarta-feira, julho 13, 2005

Terrárida

foto: SM


O eco rebatia nas paredes
nuas
sombras horizontais.

Não é lembrança, não é memória.

Dia e hora
marcados em
pretérito imperfeito.

Não é lembrança, não é memória.

Faltava água, sobrava fuligem
cheiro de ida
sem volta.

Não é lembrança, não é memória.

Entre fogo e precipício
frações
de segundo.

Não é lembrança, não é memória.

Não fosse cigarro, tabaco, fósforo, madeira, tempo
homem
não fosse a mão do vento se lançando labareda na estação.

Não é lembrança, não é memória.

Difícil suportar encontros
acasos
impactos ambientais.

Não há lembrança, não há memória ..........[
.
cinzas.