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sábado, setembro 17, 2005

Educar é preciso

Valor Econômico - 16/9/2005 - por Carla Romero
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Em 1973, o recente doutor em economia Sebastião Salgado abandonou as planilhas da Organização Internacional do Café em Londres, onde trabalhava, para se entregar, pela primeira vez, às lentes de uma Leica. Levou emprestado a câmera de sua mulher, Lélia, em uma viagem à África - região, agora, revisitada. A mudança de vida radical deu certo. Sebastião Salgado é o fotógrafo brasileiro mais influente do mundo na atualidade. Começou sua segunda carreira atuando como fotojornalista, cobriu guerras e foi integrante da Magnum Photos. Hoje, possui sua própria agência, a Imagens da Amazônia, e se dedica a projetos mais abrangentes, que acabam sempre tendo como produto final uma publicação. Seu mais recente livro é O Berço da Desigualdade(Unesco, R$ 120). Com textos e poesias do senador e ex-ministro da Educação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Cristovam Buarque, a obra aborda o déficit mundial de ensino por meio de 76 imagens. A fotografia da capa retrata crianças de uma escola num assentamento do Movimento dos Sem-Terra (MST), no Brasil. O olhar documentarista de Salgado revela a situação da população infantil que peleja por conhecimento em condições degradantes. O problema central - o acesso à escola - ganha um registro global.

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