25 anos da Biblioteca Estadual Infantil Anísio Teixeira
Esta história começou a 25 anos atrás com a Marilena(foto) , uma das duas idealizadoras do projeto de fundar uma biblioteca infantil em Niterói. Ela era a diretora no tempo em que eu passava tardes inteiras por lá. O homenageado foi o grande educador Anísio Teixeira. Bebel Teixeira, filha dele, que esteve presente na inauguração e hoje nas bodas de prata, falou bonito sobre o contexto político atual, que se os ensinamentos de seu pai fossem postos em prática pelos nossos governantes não estaríamos vivendo o caos social, econômico e educacional em que estamos ancorados.
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Regina, atual diretora, foi uma das minhas contadoras de história favoritas, junto com Rose, Zenilde e, claro, minha mãe. Pois é, tive a sorte de ser umas das primeiras leitoras dessa biblioteca, uma casa branca de janelas azuis, dentro do campo de São Bento em Niterói. Tive a sorte de vivenciar as estruturas internas _ chegada de livros, catalogação, fichas, estantes, caminhos preparatórios para se alcançar o leitor_ como filha de uma das bibliotecárias. Eu me lembro de algumas vezes correr na frente da minha mãe pelo Campo com a chave na mão e girá-la na maçaneta, abrindo portas, acendendo luzes, iluminando os corredores do saber.
Descobri Ligia Bojunga Nunes e sua bolsa amarela deitada nas almofadas coloridas da sala de leitura, suspendi a respiração em Corda Bamba. Monteiro Lobato e Emília habitavam meu cotidiano com pós de pirlimimpim por toda a parte. Nas férias, então, era uma festa, colônia de férias, teatro, lanche com sonho da padaria da esquina, histórias inventadas, lidas, escritas, recordadas, compartilhadas.
Regina, atual diretora, foi uma das minhas contadoras de história favoritas, junto com Rose, Zenilde e, claro, minha mãe. Pois é, tive a sorte de ser umas das primeiras leitoras dessa biblioteca, uma casa branca de janelas azuis, dentro do campo de São Bento em Niterói. Tive a sorte de vivenciar as estruturas internas _ chegada de livros, catalogação, fichas, estantes, caminhos preparatórios para se alcançar o leitor_ como filha de uma das bibliotecárias. Eu me lembro de algumas vezes correr na frente da minha mãe pelo Campo com a chave na mão e girá-la na maçaneta, abrindo portas, acendendo luzes, iluminando os corredores do saber.
Descobri Ligia Bojunga Nunes e sua bolsa amarela deitada nas almofadas coloridas da sala de leitura, suspendi a respiração em Corda Bamba. Monteiro Lobato e Emília habitavam meu cotidiano com pós de pirlimimpim por toda a parte. Nas férias, então, era uma festa, colônia de férias, teatro, lanche com sonho da padaria da esquina, histórias inventadas, lidas, escritas, recordadas, compartilhadas.
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Regina me ligou na semana passada, convidando a participar da mesa sobre a importância da leitura na infância. Foi um prazer estar ao lado de pessoas importantíssimas na minha formação. Ri com minha ficha, aos 9 anos, número 82, exposta no mural. Todos os dias depois do Abel meu destino era a biblioteca, de lá ia a pé para casa de mãos dadas com um livro numa mão e minha mãe na outra.
Achei na estante de casa o livro que recebi como prêmio por ter sido a leitora mais assídua em 1981: É conversando que as coisas se entendem, de Orígenes Lessa. Li meu conto Legado, fiz uma dedicatória e fiquei emocionada por saber que pensamentos meus agora moram lá, na minha biblioteca, para sempre junto com os mestres.
Regina me ligou na semana passada, convidando a participar da mesa sobre a importância da leitura na infância. Foi um prazer estar ao lado de pessoas importantíssimas na minha formação. Ri com minha ficha, aos 9 anos, número 82, exposta no mural. Todos os dias depois do Abel meu destino era a biblioteca, de lá ia a pé para casa de mãos dadas com um livro numa mão e minha mãe na outra.
Achei na estante de casa o livro que recebi como prêmio por ter sido a leitora mais assídua em 1981: É conversando que as coisas se entendem, de Orígenes Lessa. Li meu conto Legado, fiz uma dedicatória e fiquei emocionada por saber que pensamentos meus agora moram lá, na minha biblioteca, para sempre junto com os mestres.
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Mas o mais saboroso disso tudo, foi ver meus pequenos leitores, meus filhotes sendo entrevistados pela repórter do Fluminense, encantada com a concentração dos caras nos livros, na mesma sala de leitura onde, há 25 anos atrás eu descobria minhas primeiras viagens.
Senti falta dos tapetes coloridos, das almofadas, mas o encantamento, a áurea que nos puxa pelas mãos convidando, instigando o leitor a tatear os livros continua intacta, impenetrável, misteriosamente nos levando a lugares encantados de nós mesmos.
Mas o mais saboroso disso tudo, foi ver meus pequenos leitores, meus filhotes sendo entrevistados pela repórter do Fluminense, encantada com a concentração dos caras nos livros, na mesma sala de leitura onde, há 25 anos atrás eu descobria minhas primeiras viagens.
Senti falta dos tapetes coloridos, das almofadas, mas o encantamento, a áurea que nos puxa pelas mãos convidando, instigando o leitor a tatear os livros continua intacta, impenetrável, misteriosamente nos levando a lugares encantados de nós mesmos.
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Parabéns a BEIAT _ Anisinho, para os íntimos _ pelos primeiros 25 anos de vida!
Parabéns a BEIAT _ Anisinho, para os íntimos _ pelos primeiros 25 anos de vida!
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