Calçada do Centre Pompidou, Paris
Seria super ser lápis.
Dentro do lápis cabe o mundo inteiro.
Basta escrever: mundo.
Ou tirar o mundo de palavras
que o lápis tem por dentro.
O mar de histórias, a montanha de desenhos.
O lápis, quanto mais lápis for, menos lápis fica.
Tem gente que sente pena de apontar o lápis.
Mas o lápis adora.
Se ninguém aponta, fica desapontado.
Canetas vêm, canetas vão.
Computadores mudam o tempo todo.
Só o lápis vai ficar para sempre.
Coisas que eu queria ser, Arthur Nestrovski, ed. Cosac & Naify
Seria super ser lápis.
Dentro do lápis cabe o mundo inteiro.
Basta escrever: mundo.
Ou tirar o mundo de palavras
que o lápis tem por dentro.
O mar de histórias, a montanha de desenhos.
O lápis, quanto mais lápis for, menos lápis fica.
Tem gente que sente pena de apontar o lápis.
Mas o lápis adora.
Se ninguém aponta, fica desapontado.
Canetas vêm, canetas vão.
Computadores mudam o tempo todo.
Só o lápis vai ficar para sempre.
Coisas que eu queria ser, Arthur Nestrovski, ed. Cosac & Naify
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