Elo Primitivo

segunda-feira, março 06, 2006

Sol e chuva casamento de viúva, chuva e sol...

Sabine Marins
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Com vocês, em primeiríssima mão: minha primeira foto do arco-íris! Isso me lembrou V.I.B.R,A.Ç.Ã.O. Abaixo um trecho do conto, a íntegra está aqui.
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Espreguiçou-se, a camisola de seda verde roçando no algodão branco, lânguida, sorriso-3/5-boca-fechada, colhendo pedaços de sei-lá-o-quê, desses momentos em que ventos, cores, infâncias, sorrisos, ruídos, chegadas, partidas, lápis, borracha, língua, futuro, febres, arroz, feijão, passeios, viagens, capelas, parques, nuvens, relâmpagos, queijo, feira, faca, mola, ímã, impossibilidades, pedra e pipa dão as mãos, formando um arco-íris dentro da gente. Esse colorido que dura não-sei-quanto e faz valer à pena. A perigosa tal-felicidade livre de máscaras. Clara percebia-se maior, preciosa, vivenciava-se entre elos fortificados; sozinha, sempre estaria, acompanhada, alguns-tantos. Era feita de encontros, incorporaram-se a ela, argila, reforçavam-se chuva, música, pessoas por conhecer, papel solto, fotografias, blusa rosa, calça amarela, anjos, sorrisos infantis, pequeninas mãos enlaçadas em abraços, cheiro de milho verde, cidades inventadas, sinos desdobrados, pássaros em vôo, breve, libélulas, eternidades. Bom saber-se assim, bom guardar-se assim, todo o resto não importava mais e ponto final,

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