Débora FALA RESERVADAMENTE com todos
Não sei bem que clique me fez chegar, tempos atrás, ao blog da escritora Ivy Knijnik. Ela também não se lembra, mas de lá pra cá a gente tem trocado algumas figurinhas raras, daquelas que completam página de álbum. Espero que esse álbum seja do tipo em que cada figurinha colada acrescente uma nova página à brochura.
Conheci Ivy ao vivo e a cores em Sampa, no MASP, onde ganhei um presente especialíssimo: Débora FALA RESERVADAMENTE com todos. Passei o sábado lendo, olhos grudados nas palavras, olhos sorrindo, olhos tensos, olhos indiferentes aos habitantes da casa afoitos por atenção, olhos emocionados...
O livro foi publicado em 2004 pela editora Altana e mostra os caminhos percorridos na internet pela personagem. Débora, que na página 7 é uma desconhecida do leitor, a cada página percorrida conquista nossa afeição. Difícil é terminar a página 173 e fechar o livro. Fica aquela vontade de quero mais. Faz tempo que um livro não me provoca essa reação. Entrou pra galeria das releituras constantes, ou livro de cabeceira, ou livro acompanhante (que está sempre na bolsa). Abaixo, trecho da primeira página :
O vento. Debora sentiu o vento que soprava fortemente no cemitério, o vento prometido por DasHausVonLiebe e que soprava no túnel do metrô.
Sentiu frio . Naquela manhã gelada de segunda-feira, atrasada, olhava sem reação os trens passando em velocidade, as pessoas agasalhadas, a cidade tomada de susto pela mudança de temperatura. Casaco, lenço, nariz escorrendo, o frio. O vento cortando a pele. Mas tu não querias vento, guria? Olha todo o vento do mundo para ti...(...)
Conseguiu entrar no trem. O cheiro de todas as pessoas se misturando, perfumes das malhas retiradas às pressas dos armários. Sempre me lembro primeiro dos cheiros. É sempre a lembrança mais forte. Sou olfativa. De todos os cheiros, Débora guardava alguns preciosos.
Conheci Ivy ao vivo e a cores em Sampa, no MASP, onde ganhei um presente especialíssimo: Débora FALA RESERVADAMENTE com todos. Passei o sábado lendo, olhos grudados nas palavras, olhos sorrindo, olhos tensos, olhos indiferentes aos habitantes da casa afoitos por atenção, olhos emocionados...
O livro foi publicado em 2004 pela editora Altana e mostra os caminhos percorridos na internet pela personagem. Débora, que na página 7 é uma desconhecida do leitor, a cada página percorrida conquista nossa afeição. Difícil é terminar a página 173 e fechar o livro. Fica aquela vontade de quero mais. Faz tempo que um livro não me provoca essa reação. Entrou pra galeria das releituras constantes, ou livro de cabeceira, ou livro acompanhante (que está sempre na bolsa). Abaixo, trecho da primeira página :
O vento. Debora sentiu o vento que soprava fortemente no cemitério, o vento prometido por DasHausVonLiebe e que soprava no túnel do metrô.
Sentiu frio . Naquela manhã gelada de segunda-feira, atrasada, olhava sem reação os trens passando em velocidade, as pessoas agasalhadas, a cidade tomada de susto pela mudança de temperatura. Casaco, lenço, nariz escorrendo, o frio. O vento cortando a pele. Mas tu não querias vento, guria? Olha todo o vento do mundo para ti...(...)
Conseguiu entrar no trem. O cheiro de todas as pessoas se misturando, perfumes das malhas retiradas às pressas dos armários. Sempre me lembro primeiro dos cheiros. É sempre a lembrança mais forte. Sou olfativa. De todos os cheiros, Débora guardava alguns preciosos.
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P.S.: O livro pode ser comprado no site Submarino
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..................................................................foto: Rinaldo Nolasco
3 Comments:
Ueba! Adoro suas dicas, Sabine. Bjs.
By ANTÍDOTO, at quinta-feira, maio 18, 2006 11:42:00 AM
vou falar como nos aproximamos....rs.... um brilho qualquer das estrelas, rastro cósmico de ventos e tempos... foram sinais, e mostraram os caminhos... me encantei com tuas letras e teus olhos foram generosos com as minhas....rs.....beijos imensos....ivy....
By Anônimo, at quinta-feira, maio 18, 2006 11:46:00 PM
beijo nas duas...nas 3, a débora merece. rs
By Anônimo, at quinta-feira, maio 18, 2006 11:53:00 PM
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