quarta-feira, março 29, 2006
sábado, março 25, 2006
terça-feira, março 21, 2006
segunda-feira, março 20, 2006
quarta-feira, março 15, 2006
segunda-feira, março 13, 2006
Sabine Marins
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A noite ensaiava suas conquistas.
Palco largo e indecifrável
de encontros e procuras.
Éramos dois.
Os copos espelhavam nossos olhares,
misteriosa aceleração do tempo.
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A mesa de madeira,
segurança em quatro apoios.
O meu coração desgovernado
batucava mensagens caladas.
As esperas, as horas perfeitas e os sustos
dissolvidos em toda a minha água.
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Seus dedos faziam ninhos
em minhas mãos
ávidas de calor, eternidade e partilha.
Comunhão que antecede palavras.
Sentimentos transbordavam para fora dos copos.
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Roberto Piva
Sabine Marins
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"Deixa tua vocação literária explodir no impulso de vida que corre em tuas veias. Não tenhas a pretensão de escrever melhor que outros. Basta-te a certeza de que ninguém pode escrever igual a ti. O estilo é o rosto do autor, e não há dois iguais. Escreve com a pele, não com a cabeça. Entrega-te à tua obra com paixão, ainda que ela te consuma e resulte na tua condenação e morte."
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Frei Betto, O dia de Ângelo
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"Deixa tua vocação literária explodir no impulso de vida que corre em tuas veias. Não tenhas a pretensão de escrever melhor que outros. Basta-te a certeza de que ninguém pode escrever igual a ti. O estilo é o rosto do autor, e não há dois iguais. Escreve com a pele, não com a cabeça. Entrega-te à tua obra com paixão, ainda que ela te consuma e resulte na tua condenação e morte."
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Frei Betto, O dia de Ângelo
sexta-feira, março 10, 2006
quarta-feira, março 08, 2006
segunda-feira, março 06, 2006
Sol e chuva casamento de viúva, chuva e sol...
Sabine Marins
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Com vocês, em primeiríssima mão: minha primeira foto do arco-íris! Isso me lembrou V.I.B.R,A.Ç.Ã.O. Abaixo um trecho do conto, a íntegra está aqui.
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(...)
Espreguiçou-se, a camisola de seda verde roçando no algodão branco, lânguida, sorriso-3/5-boca-fechada, colhendo pedaços de sei-lá-o-quê, desses momentos em que ventos, cores, infâncias, sorrisos, ruídos, chegadas, partidas, lápis, borracha, língua, futuro, febres, arroz, feijão, passeios, viagens, capelas, parques, nuvens, relâmpagos, queijo, feira, faca, mola, ímã, impossibilidades, pedra e pipa dão as mãos, formando um arco-íris dentro da gente. Esse colorido que dura não-sei-quanto e faz valer à pena. A perigosa tal-felicidade livre de máscaras. Clara percebia-se maior, preciosa, vivenciava-se entre elos fortificados; sozinha, sempre estaria, acompanhada, alguns-tantos. Era feita de encontros, incorporaram-se a ela, argila, reforçavam-se chuva, música, pessoas por conhecer, papel solto, fotografias, blusa rosa, calça amarela, anjos, sorrisos infantis, pequeninas mãos enlaçadas em abraços, cheiro de milho verde, cidades inventadas, sinos desdobrados, pássaros em vôo, breve, libélulas, eternidades. Bom saber-se assim, bom guardar-se assim, todo o resto não importava mais e ponto final,