Elo Primitivo

quinta-feira, setembro 30, 2004

Mensagem da Tânia para o grupo de discussão

"Temos que exaltar a arte, os artistas, e aqueles que promovem eventos como o concurso de contos de Niterói (RJ). Ontem, no Solar do Jambeiro, em São Domingos, Niterói, foi o lançamento do livro com a coletânea dos contos vencedores. Entre eles, nossa colega Sabine. A noite foi especial, e não são meus olhos poéticos apenas que o dizem, que assim a viu, percebeu. Foi especial principalmente pelo evento em si: valorização dos novos escritores que estão surgindo no horizonte, trazendo-os para mais perto do público. Ora, como pode isso acontecer se não existirem os concursos literários, cujo prêmio maior é o lançamento de coletâneas de ótima qualidade, no conteúdo e na editoração toda do objeto livro? Vivas à prefeitura de Niterói, e vivas à Niterói Livros editora. Agora, vamos a outra parte não menos especial. O Solar do Jambeiro é uma construção linda do século XIX, estilo burguês da época, rodeado por árvores seculares e até tombadas pelo patrimônio cultural/histórico. Foram feitas reformas que resgataram o solar ao seu estilo inicial, e agora lá acontecem eventos culturais.
A NOITE NO SOLAR: Desci do táxi. De frente ao prédio, 19:30, ainda do lado de fora, vejo vultos calmamente conversando nos jardins, sob o luar, ao som de suave música instrumental. A iluminação é a que existe voltada para o alto das árvores, dando assim um clima especial. O solar, à frente de todos, absolutamente iluminado por dentro, aguardava só que os responsáveis pelo evento anunciassem os nomes dos novos escritores para depois abrir seus braços/portais aos mesmos que, lá dentro, numa de suas belíssimas salas cheias de histórias, pudessem autografar um trabalho que se constrói com: amor, talento, fé, e parceria. Sabine, cara colega! Obrigada pela linda dedicatória/autógrafo, e por fazer chegar em minhas mãos, às minhas leituras, um conto como o seu "Legado". Isto só fomenta a literatura, a cultura, enriquece os que também estão começando como eu, e nos faz ver que no mundo há espaço ainda sim para a arte, os sonhos, e o talento.
Um beijo,Tânia L. Barros."
Tânia mantém os blogs: Arte-bis, Letracine, e Escritores Impossíveis

quarta-feira, setembro 29, 2004

Sobre ontem à noite...


O clima no lançamento da coletânea dos vencedores do II Concurso Municipal de Contos não poderia ser melhor, super alto-astral _ um pouco de tensão apenas na hora do microfone, afinal, a especialidade ali era a escrita. O secretário de Cultura, Marcos Gomes, falou bonito e, sem politicagem, chegou a emocionar. A comissão julgadora foi composta por três peritos em Literatura, professores unversitários da UFF, Salgado de Oliveira e UNIPLI: Antônio Ricardo Pena Ramos, Paulo Roberto Pereira e Tânia Cristina Valadão.
Um ano antes, os mais de 160 concorrentes estavam ali tensos, no mesmo local, esperando pelo resultado ao vivo, suspense total. Ontem, até a lua cheia refletindo sobre os jambeiros, conspirou a favor.
Escrevi as primeiras dedicatórias para pessoas queridas, imprescindíveis presenças num local tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Solar do Jambeiro.
Havia uma aura especial envolvendo a arquitetura do casarão, os lustres, azulejos portugueses, jardins, toda uma carga histórica atuando como cenário para novas estórias, entrelaçando passado e futuro.
Com as luzes se apagando, eis que chegam dois amigos cariocas literalmente perdidos: e João. Esses foram os últimos livros que assinei antes da comemoração (claro!) informal no trailer da Boa Viagem.
Curti de montão, estou orgulhosa, a qualidade editorial do livro é de primeira. Agradeço às pessoas que participaram desse momento, ainda que ausentes, mas que fazem parte do meu processo literário e aos e-mails carinhosos e incentivadores que recebi. Bia, valeu pelas lindíssimas flores, especialmente pelo cartão, estão aqui ao lado do computador. Tânia gostei do seu olhar sobre ontem, quero postá-lo, só estou esperando o aval.

terça-feira, setembro 28, 2004

Imanente

O Fred é um artista que brinca com palavras, imagens e, eu soube pelo próprio, também faz letras de músicas. Multimídia, o rapaz, além de gente finíssima. Ele me presenteou com uma segunda parceria. Ficou um barato! E foi totalmente surpresa.

Dá uma olhada lá e me diz se não tenho razão...

sexta-feira, setembro 24, 2004

Lançamento

A Prefeitura de Niterói, a Secretaria de Cultura e a Fundação de Arte de Niterói
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convidam para o lançamento do livro com os textos vencedores do
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II Concurso Municipal de Conto - Prêmio Prefeitura de Niterói
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dos autores:
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Adriane Viz Veiga – André Luis Chagas Arruda – Anna Basevi – Carlos Cruz da Silva – Carlos Henrique dos Santos Pinto – Eduardo Alberto de Souza Varela – Fernanda Cupolilo Miana de Faria – Fernando Catelan – Gustavo Braz – Helton Lacerda Dantas – Hilda Regina de Freitas Vieira – Jaciana de Oliveira Xavier Melquíades – Jeová Franklin de Queiroz – Lucas Almeida Cardoso – Raphael Magaldi Baptista – Renan Moritz Vanier Almeida – Sabine Cabral Marins Nolasco – Thiago Blanc.
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Dia 28 de setembro, às 19h no Solar do Jambeiro, Rua Presidente Domiciliano, 195, São Domingos - Niterói - RJ.
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quinta-feira, setembro 23, 2004

Rosana Caiado


Aviso e comunico: quem não gostar de lugar-comum pare imediatamente de ler esse post. Pode ser prejudicial à saúde.
Quem respirou fundo, torceu o nariz e continuou, faço um segundo comunicado, as próximas linhas serão cafonas, démodés, clichês, absolutamente ridículas. Mas, lembrando aquela musica que tocava com insistência nas rádios “tô nem aí, tô nem aí...”
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A gente se conhece há pouco mais de um ano. Após muitas canetadas, eventos literários, chopes e conversas de varar o dia ou a noite, o milagre da Amizade aconteceu. A Rosana é daquelas pessoas que a gente quer ter sempre por perto, que tem sempre por perto mesmo quando ela está longe. Que não consegue disfarçar quando não gostou, que os olhos passam do castanho ao verde quando está feliz. Bem-humorada, sensível, engraçada, séria, metida (só fachada), uma flor de criatura _como ela diria.
Torço, cruzo os dedos, rezo, dou três pulinhos pra tudo que há de melhor aconteça com ela. Fico orgulhosa de ler seus textos: talento de sobra, estilo próprio, emociona, surpreende. É uma pessoa muito, muito especial!
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E estará lançando seu conto Bianca / Zé / Eu, na revista Ficções número 13, ed. 7 Letras no dia 25/09 às 10h, na Livraria Berinjela, Av: Rio Branco 185, lj 10, Centro, Rio de Janeiro.

Desculpe, Rô, prometo que é só hoje, hoje pode, vai...

quarta-feira, setembro 22, 2004

O Amor Líquido


"No Banquete de Platão, a profetisa Diotima de Mantinéia ressaltou para Sócrates, com a sincera aprovação deste, que ´o amor não se dirige ao belo, como você pensa; dirige-se à geração e ao nascimento no belo´. Amar é querer ´gerar e procriar´, e assim o amante ´busca e se ocupa em encontrar a coisa bela na qual possa ´gerar´. Em outras palavras, não é ansiando por coisas prontas, completas e concluídas que o amor encontra o seu significado, mas no estímulo a participar da gênese dessas coisas. O amor é afim à transcendência; não é senão outro nome para o impulso criativo e como tal carregado de riscos, pois o fim de uma criação nunca é certo.
Em todo amor há pelo menos dois seres, cada qual a grande incógnita na equação do outro. É isso que faz o amor parecer um capricho do destino – aquele futuro estranho e misterioso, impossível de ser descrito antecipadamente, que deve ser realizado ou protelado, acelerado ou interrompido. Amar significa abrir-se ao destino, a mais sublime de todas as condições humanas, em que o medo se funde ao regozijo num amálgama irreversível."
Amor Líquido – Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos, Zygmunt Bauman
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Retirado do Blog da Christiane, querida amiga do Direito e da Pós-Graduação em Literatura.

segunda-feira, setembro 20, 2004

En los caminos de la vida

Esse foi o meu primeiro conto publicado num site literário. E foi também o primeiro a ser traduzido e publicado na revista Expresiones - Literatura, Arte y Cultura.

En los caminos de la vida.

Traducción: José Rafael Hernández

Sabine Marins - Brasil

Ana dejando a un lado su vanidad lleva las maletas y cierra. El marido le reclama.
.- ¿Necesitabas tirarla así tan fuerte?.-
.- Si vas a empezar a reclamar es mejor desistir y no ir.-
.- Vamos, no intentes avergonzarme.-
Entran en el carro, esta vez Ana pone cuidado en no tirar la puerta. No está para oír sermones.
Son las cinco de la mañana, ellos salen de Río con destino hacia Arraial D'Ajuda, en Bahía.
Los niños han quedado dormidos en casa de la abuela, estarán allí por una semana…
Ella pensó que sería una buena oportunidad para relajarse, pero ya comenzaba a dudar … Ah… Bueno, lo mismo seria ir sola, piensa.
Cierra los ojos y aprovecha para dormir. En ese punto todo esta bien, a Rogelio le gusta manejar, sin importarle hacerlo hasta por 1000 Km. en un día.
Mientras Ana duerme, él va pensando:
.-Realmente necesitan ese viaje, no soportan mas la rutina. De la casa al trabajo, del trabajo para la casa.
Y, cuando llega a la casa para descansar… No. Tiene que resistir sus lamentos, bregar con los niños y por la noche dormir mal a causa de hacerlo junto con sus dos hijos.

Mira a su esposa durmiendo… Esta tan distante. Apenas conversan ya que ella siempre esta cansada o ocupada atendiendo los niños… Ah… y también está ese maldito computador… Si, ella pasa horas enfrente de esa maquina. Dice que está trabajando o estudiando. ¿Será?. Ha oído tantas historias de personas que se conocen por Internet, se apasionan y hasta se casan…

Enciende el radio, Ana reclama. El no le da importancia. Tiene derecho de oír, en fin él conduce y ella duerme…

Como a las ocho despierta. La música suena a un volumen apropiado para el horario. Estira el brazo y baja el volumen del radio.

.- Que ocurre.-
.- ¿Cuál es el problema? ¿Qué te incomoda? Yo conduzco y tu duermes.
.- No. Yo quiero llegar hoy allí.-
.- No voy a conducir a 160 Km. por hora, afortunadamente el auto está a tu nombre, si soy multado el problema es tuyo.-
.-¿Puedes pasarme un sandwinch? Tengo hambre.-
Ella estira el brazo hacia el asiento trasero y toma uno. Los había hecho en la víspera. De varios rellenos. Habían de salpicón y de jamón y queso.
.- ¿De que lo quieres?.-
.- De queso esta bien.-
Desenvuelve el papel aluminio, toma una servilleta y un jugo de uva envasado. Le da uno, que come rápidamente y abriendo la ventanilla intenta lanzar los desperdicios por ella.
.- Detente, no ensucies la carretera. Yo traje bolsas para los desperdicios, metelos aquí.-
.- Ah… Por el amor de Dios. ¿Estarás con la basura dentro del automóvil? ¿Y el olor? ¿Crees que porque yo deje de lanzar esos papeles afuera, va a haber alguna diferencia? Todo el mundo hace lo mismo… - Sin importarle los reclamos de la mujer termina por lanzar todo por la ventanilla. Ella con la bolsa en la mano, la dobla y devuelve a la guantera.

No está con paciencia como para hacerle un discurso a las ocho de la mañana. Total, no tiene la voluntad para seguir perdiendo su tiempo dándole explicaciones a ese cabeza dura. Este viaje es para intentar entender lo que últimamente ha sido difícil. Ana suspira… Sabe que debe tener mucha paciencia. Pero, vale la pena intentarlo. Tienen ya siete años de casados, dos hermosos niños y muchos planes que hicieron en el pasado.

La única cosa que ella no había planificado, ni pensado, era como seria estar solos. La casa siempre estaba llena de ruidos. Pero, dentro de ella un vacío se había formado. El silencio y la soledad se habían apoderado de su ser. Rogelio le pide que revise el mapa, ahuyentando sus pensamientos.
.- Acabamos de pasar por Campos. Mira cuantos kilómetros faltan para Victoria.-
.- 259 Kms- Calcula ella y cierra el mapa.
.- Como a las 5 de la tarde estaremos llegando a Arraial D´Ayuda.- dice él animado.
Ana mira por la ventanilla, pasan sobre el puente del río Paraiba. Ella nota que varias familias viven por allí. Niños vistiendo con harapos se ven solos a la orilla del río. ¡Y sus hijos siempre tan bien cuidados!…
.- Cuanta injusticia hay en el mundo. Tantas diferencias sociales… Mira como viven esas personas. ¿Será que no sueñan?.-
.- Claro que sueñan, si no morirían. Solo que sueñan con una bicicleta, con un televisor, cosas posibles dentro del mundo en que viven.-

Ella los observa, él tiene razón. A veces la sorprende. Piensa donde andará aquel hombre por el que se apasionó. ¿Será que aun lo ama? ¿Pasará así con todas las parejas casadas? Que el sentimiento se transforma en rutina, soledad, indiferencia… Está confusa y espera que este viaje de alguna forma ayude a recobrar el equilibrio.
Están cerca de Linares. Se detienen para almorzar en un restaurant a la orilla de la carretera. Ana va al baño, se cepilla los dientes, lava su rostro y conversa consigo mismo, mientras su imagen se refleja en el espejo.
.- Muchacha, usted escogió su destino. Que hará de acuerdo a la dirección que tomen las cosas, yo no sé-
Rogelio está abasteciendo de combustible el vehículo cuando ella sale del baño, el habla con otro viajero como ellos. El hombre es de Sao Paulo y viaja acompañado de su novia. Ella nota el cariño con que se tratan. Un día también ellos fueron así… ¿Será que ya no es lo mismo?.- Ella se pregunta.

La carretera es larga, con pequeñas ondulaciones, en algunos trechos no se ve el paisaje. Los kilómetros van quedando atrás. Ana piensa en lo parecido de la vida a una carretera. Piensa en la dieta que ha ido posponiendo desde hace tiempo.
“Ahora tengo 65 Kg, aspiro llegar a 58. Tengo que trazarme metas e irme deshaciendo de esos kilos extras así como dejo los kilómetros en el camino.”
Piensa ahora en su vida, recuerda sus tiempos de la universidad. En esos momentos, como se divertía… Viajes con amigos, intercambio con profesores. Época buena, ella sonríe…
.- ¿En que estas pensando?.- le pregunta Rogelio.
.- ¿Quieres controlar mis pensamientos?.-
.- Te estas riendo, cuéntame, quiero reírme también.-
.- Pensaba en mi época de soltera. Una vez pasé un carnaval aquí cerca, en Iriri. Vine con un grupo de 20 personas, alquilamos una casa. Fue tan bueno… -
.- Imagino… ¿Viniste sola o con algún novio?.-
.- Ahhh, tu siempre con los celos, yo aun no te conocía…-
.- No importa, yo tengo celos de tu pasado.-
.- ¿Dime por qué?.-
.- Porque me gustas mucho.-
.- ¿Gustas? ¿Estas seguro de eso?.-
.- No comiences Ana. Con esas cosas que se te han metido en la cabeza.- aumenta el volumen del radio. Comienza a cantar Andrea Bocelli y como él lo adora, le da oportunidad a ella a volver con sus pensamientos.
Recuerda su fiesta de matrimonio, lo feliz que estaba él ese día. ¿Dónde estaba mi carretera en ese punto? Todavía al principio. En Campos tal vez… Continua analizando, el nacimiento del primer hijo seria Victoria, el del segundo Linares, la decisión de dejar el trabajo para cuidar exclusivamente los dos hijos estaba entre esas dos ciudades.
Pero ¿Dónde es que me perdí? ¿Cuándo dejé de tener el placer, de creer en mis sueños?. Eso esta en algún punto del camino. Tal vez en la próxima ciudad. Toma el mapa y busca. Rogelio se alarma. Después se calma, a ella no le gusta ver los mapas.
Ana pone la mano sobre Linares, va siguiendo una línea hasta Itabuna. Ese es el punto donde aun no han llegado. Mira cuales son las opciones para llegar a esa ciudad.

Tienen el BR10 que es el camino mas corto y fácil. Definitivamente ese no es el que ella ha pensado.
Mira una carretera secundaria. Una carretera de tierra. El mapa indica que es de difícil acceso, con muchos huecos y mal conservada.
Pronto, me veo. En esa carretera que me perdí. Cayendo en uno de esos huecos, la batería del celular descargada, el neumático pinchado, estoy perdida, sola en la lluvia. Es así como me siento. Perdida en la carretera de la vida. ¿Qué puedo hacer? ¿Cuáles son las decisiones que debo tomar? ¿Dónde podré detener el auto para que la lluvia no me moje? ¿Será que algún otro auto tendrá la mala idea de pasar por esta carretera? Pienso que no. No puedo contar con ayuda.
Toma el mapa, eran 24 kms. Ya ha recorrido unos cuatro, restan veinte. Tal vez hay un pueblo en medio camino, o una persona a caballo que la ayude a llevarle hacia algún teléfono. En la peor de las hipótesis tiene que caminar 20 kms.
Se prepara para salir del carro, pero de repente siente recelo. ¿Y si se encontrase con algún animal por el camino? ¿Un bandido? ¿Un loco? Ya sé… Esta confusa, sin saber que decisión tomar. Se siente paralizada. No consigue decidirse. Mira el mapa nuevamente. Su destino esta tan cerca. ¿Qué lo impide?
.- Miedo.- habla alto sin percatarse.
.- ¿Ah?.- pregunta Rogelio.
.- Nada, no.- Continua pensando, percibiendo que ha hecho un gran descubrimiento. Es el miedo el que le impide proseguir con sus sueños. El miedo de no conseguir. Miedo de fallar. Es lo que le está impidiendo esforzarse.
A notado que por esa razón a desistido sin intentar. Es fácil no arriesgarse, pero nunca sentiría el placer de alcanzar. Percibe que ha estado estacionada en medio de una carretera desierta. ¿Es eso lo que quiero para mí? ¿Pasar aquí el resto de mi vida?
¿Y la playa que tanto quise? Zambullirme en el agua tibia, mientras el sol dora mi cuerpo..
No, no puedo continuar así. Necesito enfrentar mis propios desafíos. Abrir la puerta del auto, sentir las gotas de lluvia mojando mi cuerpo, mi cabello. Sentir un placer enorme con esos pensamientos, y prestar atención al hombre que se aproxima en bicicleta.
.- Hola. ¿Quiere dar un paseo? Voy hasta el pueblo. He estado observado el auto desde mi casa toda la tarde.- él señala a lo alto de la colina- pensé que podría ser un asaltante y no quise aproximarme, pero ahora que ha salido del auto he visto que es una persona de bien. ¿Tiene problemas?.-
.- Si, pienso que me perdí. Estoy comenzando a creer en mi corazón, es el único que sabe hacia donde me va a llevar. Acepto su proposición agradecida.-
Ella se sienta en la grupa de su destino… Abre los ojos y se da cuenta que están llegando a Puerto Seguro. Falta muy poco para alcanzar el objetivo. Mira a Rogelio. Le da un beso.
.- ¿Qué fue?.-
.- Estoy feliz ¿Vamos a cantar?.-
.- ¿Cantar? Ya se… Comienza así… -
.- Ella lo acompaña y se toman la mano.


domingo, setembro 19, 2004

Lila Maia

Seu primeiro livro A idade das águas está esgotado. Ela lançou o segundo livro de poesia Céu Despido em São Paulo no dia 28/8 _vencedor do II Prêmio Literário Livraria Asabeça - 2003. Amanhã, dia 20/9 será a vez do Rio, às 19h no Restaurante Severyna, rua Ipiranga, 54 - Laranjeiras. Sempre torci pela Lila, fico feliz que esteja colhendo os frutos de tanto trabalho, esforço e dedicação.

quinta-feira, setembro 16, 2004

Ímã

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um lado atrai
......................o outro repele


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terça-feira, setembro 14, 2004

Primavera dos Livros

A feira este ano será no Jockey Club, na Gávea. A Primavera contará com 85 editoras médias e pequenas, 80 delas brasileiras e cinco estrangeiras. O evento começa no dia 18/9 e terá como patrono o poeta maranhense Ferreira Gullar.

domingo, setembro 12, 2004

Livros que se escrevem


Revejo filmes de tempos em tempos, decoro cenas, como criança. Transcrevo diálogos, depois rasgo, jogo fora. É como se a cada nova tentativa uma peça se encaixasse, mesmo sabendo que esse quebra-cabeça é infinito.
Revi Irreversível de Gaspar Noé ontem, Morangos Silvestres de Ingmar Bergman anteontem, mas foi hoje, aos 45 minutos de Cidade dos Anjos de Brad Silberling que aconteceu...
O final do romance foi aparecendo, veio inteiro, redondo, como se fosse um presente dos anjos_ sabe-se lá_ eu não tinha idéia de que havia um novo livro à minha frente. Assisti ao filme sem pressa, ainda com esperança de que fosse fogo de palha _sei o trabalho que terei pela frente. Mas não, escrevi cinco páginas num fôlego só. Caramba! Pela primeira vez vou me lançar à aventura conhecendo o final, o que me movia era a imprevisibilidade do que poderia acontecer. O primeiro capítulo já estava escrito há tempos e eu nem sabia, mas assim que terminei o fim, veio o começo na cabeça, como se a história estivesse solta em algum lugar e eu simplesmente houvesse puxado a ponta do fio.
Isso aqui já está virando papo de maluco...
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Daniel Pennac escreveu *: “Reler não é se repetir, é dar uma prova sempre nova de um amor infatigável”. A ficha caiu, a escrita é o meu sexto sentido, percebo melhor o mundo, escrevendo.



* Como um romance, pg 57.

sábado, setembro 11, 2004

Prosas Cariocas

O Prosa e Verso de hoje está com matérias e fotos de amigos que estão conquistando espaço na Literatura. Viva!
O próximo lançamento imperdível é o do "Prosas cariocas: uma nova cartografia do Rio", organizada pelos jornalistas Flávio Izhaki e Marcelo Moutinho.
15 de setembro, quarta-feira, às 20h, na Livraria da Travessa de Ipanema, Visconde de Pirajá, 572.
18 de setembro, sábado, às 18h, no Jockey Club da Gávea, durante a Primavera dos Livros.
Eu já li o conto da Bia, ambientado na Barra, mas não conto, não digo uma palavra sobre o assunto, tem que ir lá e conferir.

sexta-feira, setembro 10, 2004

Se pensasse bem...

...desistiria?
...resistiria?
...insistiria?
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Se sentisse bem ...
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...agiria?
...experimentaria?
...viveria?!
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Embrulhou as interrogações em papel pardo, deu duas voltas com o barbante, um laço cuidadoso e guardou na gaveta. Foi brincar com as reticências, enquanto as exclamações passeavam por aí...

segunda-feira, setembro 06, 2004

Lançamentos


Este é o mês dos lançamentos. Pessoas queridas estarão publicando em livros solos ou em antologias. Vou avisando aqui, aos poucos. O próximo é o da Lucília Dowsley, dia 9/9, às 19h30min na Livraria Ver e Dicto, rua Moreira César 158, Icaraí, Niterói. Ela realiza um trabalho bacana com poesia há quatro anos e agora lança seu primeiro livro: Um Brinde à Poesia - pensamentos, fotos, poesias.

quinta-feira, setembro 02, 2004

Cássia Eller Acústico

Tem que ouvir sem pressa, pelo menos duas horas. Tudo bem, eu sei que o CD não dura tanto, mas é que algumas músicas têm que ser repetidas duas, três, quatro vezes seguidas. Desligar o celular é fundamental, assim como trancar portas, tirar sapatos, roupas (se der vontade), apagar as luzes_ vale acender velas_ aumentar o som e se rolar um vinho, melhor ainda. Vai direto na veia.
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Essa é para ouvir de olhos fechados:
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Por enquanto
(Renato Russo)
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Mudaram as estações
Nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber
Que o pra sempre
Sempre acaba
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Mas nada vai conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí, então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar
Agora, tanto faz
Estamos indo de volta pra casa