Elo Primitivo

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Quase Nada Nalgum Lugar

O Cd Líricas do Zeca Baleiro é poesia pura. Encerro o ano com essas músicas e com o desejo de boa sorte pra todos nós.

Quase Nada

Zeca Baleiro e Alice Ruiz

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De você sei quase nada

Pra onde vai ou porque veio

Nem mesmo sei

Qual é a parte da tua estrada

No meu caminho

Será um atalho

Ou um desvio

Um rio raso

Um passo em falso

Um prato fundo

Pra toda fome

Que há no mundo

Noite alta que revele

Um passeio pela pele

Dia claro madrugada

De nós dois não sei mais nada

Se tudo passa como se explica

O amor que fica nessa parada

Amor que chega sem dar aviso

não é preciso saber mais nada

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Nalgum Lugar

Poema de E.E. Cummings, tradução Augusto de Campos, musicado por Zeca Baleiro

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nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além

de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio:

no teu gesto mais frágil há coisas que me encerram,

ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto

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teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra

embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar

me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre

(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa

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ou se quiseres me ver fechado, eu e

minha vida nos fecharemos belamente, de repente

assim como o coração desta flor imagina

a neve cuidadosamente descendo em toda a parte;

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nada que eu possa perceber neste universo iguala

o poder de tua intensa fragilidade: cuja textura

compele-me com a cor de seus continentes,

restituindo a morte e o sempre cada vez que respira

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(não sei dizer o que há em ti que fecha

e abre; só uma parte de mim compreende que a

voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas

ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas)

quarta-feira, dezembro 29, 2004

Determinação Expressa

Já postei este poema no blog, foi um dos primeiros e será um dos últimos de 2004. Faço o retorno inspirada na frase de Oscar Wild:
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"Resista a tudo, menos à tentação."
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Antevejo como é a .................................... Vontade
esse <espaço> não a comporta


Que vontade é essa? Vontade à beça!
Vontade de não passar vontade
................................................à tarde, ou tarde
.....................................................................tudo passa

Menos essa vontade; ora adormece, ora entardece,
ora não vai embora. Embora embolada com a bio
grafia, fia a toda hora que é hora de ir embora
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.....................................Embora?

Ora, ora ......................................................vai-te.
Já é hora de encher de vontades
....................................................essa vontade insigne
apesar de ser tarde
..........................talvez.....................já seja sua hora

Hora? Em que órbita ?

Vontade que não se dobra e des
dobra na casca tênue, é vontade
de obra que transcende às horas
sustenta a constelação, norteia
a vontade, à vontade, a vivificar:

..............................vontade, Vontade, VONTADE




domingo, dezembro 26, 2004

Fotossíntese

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Vento
em fatias
brisa
nada
no espaço
oco
do tronco
fôlego
de folha
no orvalho
noite
engarrafada
em manhã
quente
foto
síntese
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sexta-feira, dezembro 24, 2004

Luz

"As vezes quando uma pessoa está faltando, o mundo inteiro parece despovoado."
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Lamartine

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Poesia/enigma

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.................................Ahnimam é ahnitinob
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Ahnimam é ahnitag.
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.............................................Ahnimam é ahnifof.
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Rodrigo Marins
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P.S.: recebi por e-mail hoje.

quarta-feira, dezembro 22, 2004

ArRePiO

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... um .......
...... beijo ......
... que ........ provoca .
......... frio ....
...... por ... dentro ...

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terça-feira, dezembro 21, 2004

Poetas Brasileiros

Carreto
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Amar é mudar a alma de casa.
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Hai-Kai
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Rosa suntuosa e simples,
como podes estar tão vestida
e ao mesmo tempo inteiramente nua?
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Silêncios
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Há um silêncio de antes de abrir-se um telegrama urgente
Há um silêncio de um primeiro olhar de desejo
Há um silêncio trêmulo de teias ao apanhar uma mosca
... e o silêncio de uma lápide que ninguém lê.
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Nova Antologia Poética, Mario Quintana pgs. 142, 163, 77.

Quando você chamou
natan zakh
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quando você chamou sua voz tremeu
e eu soube que estava de luto por você
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e não foi preciso ouvir suas palavras
porque quando você chamou sua voz tremeu
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e eu soube que você estava de luto por mim
e não foi preciso que você ouvisse minha voz
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porque quando você chamou sua voz tremeu
e eu soube que já não havia você
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Crisantempo: no espaço curvo nasce um/ Haroldo de Campos, pg. 326

Águas de Março

Na semana passada, cantamos esta música em coro - a pós-graduação em literatura- no meio de uma apresentação, de improviso, era a força da canção se impondo. Guiados pela leitura de "Abrindo Caminhos", Ana Maria Machado.
Hoje, lendo “Três canções de Tom Jobim” (Cosac e Naify) a canção volta a mim, agora não se trata mais de acaso, fui ao encontro dela. Arthur Nestrovski rege palavras com maestria, usando a linguagem clara de quem escreve para crianças e o ritmo de quem sente a música - ele também é músico. Uma bela parceria entre canção e escrita!
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Último dia. Amigo-oculto, despedidas. Término, continuidade. Encerramento sob a magia de Lobato. Monografia à vista! Tema escolhido. Orientadora em suspense. Mais uma etapa, menos uma etapa. Tudo de novo e completamente diferente se repete, renova, transforma... arte em letras, notas, canções, pincéis, satélites, carne humana e o que mais vier.
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Eis a obra-prima, desdobrada em musa:
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É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mao, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manha, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguicado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã

domingo, dezembro 19, 2004

1, 2 , 3 e !

{Tá a fim de jogar?} {Sei lá, como é que se joga?} { Ganha quem conhecer melhor as regras, mas as regras mudam o tempo todo.} { Meio maluquice, mas vamos nessa. Como é que a gente sai do lugar? } {Inventa.} {(risos) Não tem dados. Já sei! a ampulheta.} {Tem ampulheta na caixa?!} {Hum hum.} {Deixa eu ver?} {É invisível.} {Ah, já começou a jogar...} {Nunca começa, nunca termina, lembra?} {Não importa, deixa o colchete aberto e vem brincar

quinta-feira, dezembro 16, 2004

Riscos, linguagens, sonhos

Citações - livros que estou lendo - sem escolha prévia, sem intenções, apenas movida pela revolução, ou melhor, ebulição química da linguagem. Percorri milhares de páginas, de palavras lidas, ouvidas, faladas, dei voltas e voltas e retornei ao ponto de origem. A única certeza é a de movimento constante, mesmo em inércia absoluta.
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"O risco só tem sentido quando o corro por uma razão valiosa, um ideal, um sonho mais além do risco mesmo."
(Paulo Freire, À sombra desta mangueira, 2000, p.57)
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"Impossível existir sem sonhos."
(Paulo Freire, Pedagogia dos sonhos possíveis.")
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..."Fui afastado da Universidade e tive que ir embora do Brasil. Passei dezesseis anos longe daqui, não podia nem sonhar em voltar. Mas a linguagem não pára, é isso, a linguagem não pára, há um processo constante de mudança. A linguagem vai ficando mais rica. A essa coisa chamam língua, que no fundo, é linguagem, fala..."
(Paulo Freire, Pedagogia do sonhos possíveis, p.107)
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"O prazer do texto é esse momento em que meu corpo vai seguir suas próprias idéias - pois meu corpo não tem as mesmas idéias que eu."
(Roland Barthes, O prazer do texto, p.24)
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"Sobre o prazer do texto, nenhuma "tese" é possível, apenas uma inspeção (uma introspecção) que acaba depressa. Eppure si gaude! E, no entanto, para com e contra todos, eu fruo do texto.
(Roland Barthes, O prazer do texto, p.42)
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"Eu me interesso pela linguagem porque ela me fere ou me seduz."
(Roland Barthes, O prazer do texto, p.47)
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"As gotas de água de uma catarata estrepitosa se dissipam como pó com a rapidez de um raio; mas o arco-íris, do qual elas são como que o suporte, está fixo em tranquilidade inabalável, completamente intacto a essa mudança ininterrupta; do mesmo modo, cada idéia, isto é, cada espécie de ser vivente, persiste por completo intocada pela sucessão contínua dos indivíduos que ela encerra. A idéia, ou a espécie, é a raiz, o lugar onde se manifesta a vontade da vida: é o único elemento cuja duração importa verdadeiramente à vontade."
(Arthur Schopenhauer, Da Morte, p.45)

terça-feira, dezembro 14, 2004

Mapa

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O Mario que não é de Andrade *

"- A nossa língua é o brasileiro, e o Carlos** escreve como se estivesse em Portugal! Ele escreve "acolá", você acredita!? Uma palavra horrível! Você já disse "acolá" alguma vez na sua vida?
- É, nunca disse.
É claro que não. Isso só se diz em Portugal ou nos livros didáticos. Olha outro exemplo: em vez de escrever como a gente fala, "fui na farmácia", ele escreve "fui à farmácia", exatamente como falam lá em Lisboa. Mas nós estamos no Brasil e aqui a língua é diferente, mas na hora de escrever não sei o que acontece, que todo mundo se mete num fraque, numa formalidade sem sentido. Menos o povo, que não é estúpido, sabe que a língua é viva, e naturalmente procura outras formas de se expressar.
- E eu que pensei que o povo falava errado...
- Aí é que está: quem fala a língua? Quem cria uma maneira nova de falar? É o povo, que vive a língua, e não nós, os literatos, que vivemos enfiados nos livros e só escrevemos as mesmas palavras caducas, cultas, clássicas. O povo, não: o povo tranforma, inventa a língua..."
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Grande Mário... não é à toa que se eternizou.
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* Luciana Sandroni
** Carlos Drumond de Andrade

segunda-feira, dezembro 13, 2004

Luciana Sandroni

É autora de vários livros , entre eles: O Mario que não era de Andrade, Minhas memórias de Lobato, Ludi vai à praia etc e roteirista do Sìtio do Picapau Amarelo na terceira adaptação para Tv.
Ela estará hoje, às 18h30m na sala 214, Bloco C, Faculdade de Letras da UFF, batendo um papo com o pessoal da Pós-graduação em literatura Infanto-juvenil. Quem se interessar pode aparecer por lá.

sexta-feira, dezembro 10, 2004

Ai que saudade de ocê

Um cara que chegou aqui em casa há seis anos atrás, alçou seu primeiro vôo solo em terras distantes, e bota distante nisso _ 9.000 milhas.
Impossível não relembrar do meu primeiro vôo solo aos 16 anos com uma amiga: da Bahia ao Ceará pelo litoral.
Em Porto Seguro ouvi a música, na voz de um conjunto local, que marcou essa viagem e que muitos anos depois se tornou sucesso nas rádios, na voz de Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Zé Ramalho.
Sinto o quanto dessa canção se potencializou em mim, já que ela retorna justamente hoje.
A autoria é desconhecida, mas aposto que encontrou inúmeros co-autores por esse Brasil afora. O meu beijo atravessa o Atlântico. Beijos imaginários que se materializarão daqui há três longas semanas.
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Não se admire se um dia
Um beija flor invadir
A porta da sua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê
Ai que saudade de ocê......
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Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim
Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Lhe mando um monte de beijos
Ai que saudade sem fim
Ai que saudade sem fim...

E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Ocê caia no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê.


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"Todo abismo é navegável a barquinhos de papel."
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Do conto Desenredo, Guimarães Rosa.

sábado, dezembro 04, 2004

Voltei...

Tantas coisas a contar... um certo prazer no silêncio. Como se as lembranças se tornassem maiores ao não serem reveladas.
Os dias em BH, Ouro Preto e Tiradentes me colocaram em contato com pessoas e projetos que se desdobrarão em 2005.
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O lugar onde não fui me faz pensar numa volta breve: Cordisburgo. Cidade natal de ninguém mais, ninguém menos do que Guimarães Rosa.
O projeto Manuelzão pela revitalização do rio das Velhas - quem não se lembra? - ganha força numa parceria da UFMG e do prestígio de um dos nossos maiores nomes na literatura.
Muitas fotos no caminho do Ouro - estrada entre Ouro Preto e Tiradentes. Muitos trabalhos a fazer, computador em quarentena, festas, fim de ano e uma vontade de desescrever. Efeito do Oropronobilis, vulgo lobrobo, que não experimentei na pousada do Artur. Vai ver estou desensarada - doente na terra do mestre. Esses ares de Buritis e Veredas são danados de perigosos... ainda bem, sô.