Elo Primitivo

quarta-feira, junho 29, 2005

Respeito é bom _ é exigível _ e as crianças gostam. Os pais são garantidores e têm o dever de tomar providências nos casos cabíveis.

SM


Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8.069 / 90

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 trouxe alguns avanços sobre os direitos inerentes à criança e ao adolescente. Porém, foi somente no dia 13 de julho de 1990, quando a Lei nº 8.069 / 90 foi sancionada pelo então Presidente da República Fernando Collor, que esses direitos começaram a ser solidificados. A partir de então, cada nova edição do ECA representa um avanço na conquista da cidadania de jovens Brasileiros.
.
O artigo 17 da referida Lei versa sobre privacidade:
.
"O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.”
.
Já o artigo 70 diz:
.
“É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente.”
.
As disposições gerais sobre o Conselho Tutelar – órgão encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente – são descritas no capítulo II do Título V do ECA.
.
Com uma sociedade que cultua excessivamente a exposição da imagem, sempre é bom lembrar o artigo 247:
.
“ Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato infracional:
.
parágrafo 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a permitir identificação, direta ou indiretamente.”
.
A internet ainda é um meio recente de comunicação. Sites, orkut, blogs proliferam-se a cada segundo. É preciso estar atento sobre possíveis violações dos direitos de nossas crianças e adolescentes. Há uma Lei que regula os abusos, os crimes, a falta de ética. Há aliados de pais, crianças e adolescentes como o Conselho Tutelar, o Ministério Público, o Poder Judiciário, os Códigos de Direito Penal, Processual Penal, Civil, Processual Civil e normas administrativas.
.
Como diz o título do belo livro do Roger Mello:
.
Todo cuidado é pouco!
.
.
O grifo é meu.

Do filme: The Notebook *

.............................................................................................SM


"Lets go home, Dad. Mamy doesn't know us."
.
"I 'm home. She is home."
.
.
*título em português(péssimo, para variar): Diário de uma paixão

Radiografia de uma Pós

SM

SM

Do filme: Antes que termine o dia

............................SM


.
.


"O amor não termina com a morte".
.
.

desenho e foto: Rodrigo Marins Nolasco

Tudo começa com a imaginação...

Bernardo M Nolasco



... depois vem a construção, peça por peça.
.
As fotos abaixo foram tiradas em 23/06/05 por mim, Rodrigo, Gabriel e Bernardo.
.
.

terça-feira, junho 28, 2005

Sessão Pipoca

foto: SM


"Minha fé é no desconhecido, em tudo que não podemos compreender por meio da razão; creio que o que está acima do nosso entendimento é apenas um fato em outras dimensões e que no reino do desconhecido há uma infinita reserva de poder."
.
.
Charles Chaplin

foto: SM



"Creio no riso e nas lágrimas como antídotos contra o ódio e o terror. Os bons filmes constituem uma linguagem internacional, respondem à necessidade que os homens têm de alegria, de piedade e de compreensão. São um meio de dissipar a onda de angústia e de medo que invade o mundo de hoje..."
.
Charles Chaplin

foto: SM


"Na criação da comédia, por mais paradoxal que isso pareça, o senso de ridículo é estimulado pela tragédia; pois o ridículo, creio eu, contém um desafio: devemos rir do nosso desamparo na luta contra as forças da Natureza... para não enlouquecer."
.
.
Charles Chaplin

foto: SM


Não sigo um roteiro de existência, nenhuma filosofia... Sábios ou tolos, temos todos que batalhar com a vida. Oscilo em meio a contradições: exasperam-me às vezes fatos mínimos, e catástrofes poderão deixar-me indiferente. Contudo, a minha vida é hoje mais apaixonante do que nunca."
.
.
Charles Chaplin

segunda-feira, junho 27, 2005

Verac idade

.................................................................................foto: SM



Para Rô e seus e-mails.
.
"Toda palavra significante revela uma parte da verdade do sujeito, mas não toda, já que seu desnudamento total seria insuportável."
.
Jacques Lacan
..
.
Sempre fui uma espécie de Sherlock Homes em
.
busca das
.
verdades.
.
A
.
verdade,
.
na
.
verdade,
.
não contém as
.
Verdades
..
.
***
..
.
De
.
Verdade
.
em
.
Ver
.
dade
.
cheguei
.
à
.
Vontade
.
.

domingo, junho 26, 2005

"Um país se faz com homens e livros"

foto: SM


O barulho do motor anuncia a proximidade. Não olho para trás, sinto que mais um acabou de passar _ vento. Mamãe e Simone escolhem bolsas, almofadas, tapetes. Não compro nada, registro. Câmera nova pendurada no pescoço ainda sem intimidade com as mãos _ pesada, grande, cheia de botões. Todo começo é tateante, um misto de curiosidade, encanto e estranhamento. Mexo apenas no automático _ por enquanto. Se eu fosse criança desmontava as peças para ver como é por dentro.
Uma joaninha pousa no meu ombro, vermelha e preta, fecho os olhos e faço pedidos, depois rio, pareço criança.
Mãos, cotovelos, pés, joelhos, tecidos coloridos espalhados pelo chão. Clico. Atrás dos tapetes pendurados, um menino, um livro, uma estória. Me aproximo, ele, concentrado na leitura, não me dá bola. Miro a máquina fotográfica. Ele espia de rabo de olho : Posso? Dá de ombros. Clico mãos. Clico livro : Dever da escola? Faz que não com a cabeça : Tem prova? Repete o gesto, indiferente. Chego mais perto : Tá lendo o quê? : 1001 noites. Desligo a máquina. Sento no chão. Abro a mochila e pego um livro. Ele acompanha os movimentos. Coloco meu livro sobre o asfalto, bem ao lado do dele : As 1001 noites! de verdade! Ouço a festa na voz, no sorriso, mãos pegando o livro, abrindo, folheando. Logo depois me dá o dele para eu ver _ cumplicidade total. Livro de escola, um fragmento de As 1001 noites, páginas amassadas, sujas, declaração de releituras.
Ele me encara e diz : Acho lindo olho azul! Volta a atenção ao livro : Capa Azul. Ri. Abre na página marcada, 181, começa a ler em voz alta, de repente pára : É a história toda? Explico que é o primeiro volume de quatro numa tradução do Árabe para o Português. Ele continua a ler.
Minha mãe assovia, hora de seguir viagem. A voz infantil se apressa em terminar a página, engole o ar, respira palavras. Eu me levanto. Ele se levanta também e estende o livro num desamparo que me comove. Não pego, digo: Azul, capa azul : É, sem figuras : Quer? : Posso?! : Hum rum, fica de presente.
Abraço...

Dentro do carro, chave na ignição, pé na embreagem, vejo que fotografei seus pais trabalhando: artesanato. Acelero.
.
Serra, relevo quente das montanhas, sol, dia bonito, frio. Pernas em movimento constante _ leis da física, do fisiológico, da fisiologia da vontade.
.
Enrolo a echarpe colorida no pescoço, novinha em folha _ sensação boa de inauguração. Moska canta "tudo novo de novo..." enquanto dirijo. Gosto desse cara, tem momentos-sintonia. As duas dormem, cansadas _ satisfeitas. Noite em hora avançada, mala lotada, compras, compras, compras. Na bagagem: paisagem, arquitetura, gargalhadas, presentes, espetáculo deslumbrante: Som e Luz no Museu Imperial.
As luzes dos faróis focam o asfalto, iluminam. Só então me toco que não perguntei o nome do menino.
O meu está escrito na primeira página do livro, o dele...

sábado, junho 25, 2005

foto: SM

foto: SM

foto: SM

foto: SM

foto: SM

foto: SM

fotos: SM - praia: Adão e Eva


"A palavra puxa palavra, uma idéia traz outra, e assim se faz um livro, um governo ou uma revolução; alguns dizem mesmo que assim a natureza compôs suas espécies."
.
Histórias Sem Data, Machado de Assis.

sexta-feira, junho 24, 2005

FLIP também é cinema. E de caminhão

PublishNews - 24/6/2005
Na Festa Literária Internacional de Parati (FLIP), os cineastas paulistas Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi percorrerão o caminho inverso dos livros que inspiraram filmes. Nos dias 7, 8 e 9 de julho estacionarão na FLIP com o seu Cine Tela Brasil (um cinema itinerante que viaja de caminhão e promove sessões gratuitas de cinema nas periferias das cidades), para exibir em plena feira literária filmes brasileiros baseados em livros. Entre outros, estão programados "Bicho de Sete Cabeças" (inspirado no livro Canto dos Malditos, de Austregésilo Carrano Bueno) e "Cidade de Deus" (inspirado em livro homônimo, de Paulo Lins). Patrocinado pelo Programa CCR Cultura nas Estradas, através da NovaDutra, contando com o apoio da rede Cinemark e da Volkswagen Caminhões, o Cine Tela Brasil consiste em uma grande tenda de 13m x 15m, onde são instaladas 225 cadeiras, equipamento profissional de projeção, tela de 7m x 3m, som stereo surround e ar condicionado.

quinta-feira, junho 23, 2005


.
Este é um convite à dança. Tire os sapatos, aumente o som, esqueça por alguns minutos mensalão e baixarias no Planalto Central que consomem nossos impostos e dignidade. Esqueça tudo, concentre-se no mais importante, ritmo, letra, harmonia, energia positiva da música e comemore a VIDA!!!
.
Realce - Gilberto Gil
.
.
Não se incomode
O que a gente pode, pode
O que a gente não pode, explodirá
A força é bruta
E a fonte da força é neutra
E de repente a gente poderá
.
Realce, realce
Quanto mais purpurina, melhor
Realce, realce
Com a cor do veludo
Com amor, com tudo
De real teor de beleza
.
Não se impaciente
O que a gente sente, sente
Ainda que não se tente, afetará
O afeto é fogo
E o modo do fogo é quente
E de repente a gente queimará
.
Realce, realce
Quanto mais parafina, melhor
Realce, realce
Com a cor do veludo
Com amor, com tudo
De real teor de beleza
.
Não desespere
Quando a vida fere, fere
E nenhum mágico interferirá
Se a vida fere
Como a sensação do brilho
De repente a gente brilhará
.
Realce, realce
Quanto mais serpentina, melhor
Realce, realce
Com a cor do veludo
Com amor, com tudo
De real teor de beleza
.
.

quarta-feira, junho 22, 2005

Caldas Aulete com a turma do Sítio do Pica-pau Amarelo

PublishNews - 21/6/2005

A família Caldas Aulete começa a crescer. Depois de atualizar e trazer de volta às prateleiras o dicionário Caldas Aulete, o mais tradicional da língua portuguesa, a Editora Nova Fronteira apresenta o mais novo produto da linha, o Caldas Aulete Dicionário Escolar da Língua Portuguesa (496 pp., R$ 39,90), ilustrado com a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo. O trabalho é fruto de uma parceria com a Editora Globo, que trouxe-os personagens de Monteiro Lobato para o universo lexicográfico. Juntas, as duas editoras propõem ao jovem leitor a aventura de ensinar, educar e divertir ao mesmo tempo. O Caldas Aulete com a turma do Sítio é um dicionário voltado para estudantes da 18 à 48 série do ensino fundamental. A seleção dos 6,2 mil verbetes que fazem parte da obra levou em conta as palavras de uso mais freqüentes no dia-a-dia das crianças. Palavras que estão nos jornais, revistas, televisão e até internet. Como "blog", por exemplo, que o Caldas Aulete define como "uma página da internet que funciona como uma página pessoal de alguém, que lá publica livremente o que quer, e onde pode trocar idéias e informações com os que a acessam". Esse tipo de definição, coloquial, explicativa, bem diferente das encontradas nos dicionários voltados para o público adulto, é um dos grandes diferenciais do Caldas Aulete com a turma do Sítio. É idéia é que, ao consultar determinado verbete, o estudante tenha uma explicação fácil, em linguagem cotidiana, de seu significado, com exemplos tirados do universo infanto-juvenil.

Jogo da memória


Larousse lança dicionário para crianças em fase de alfabetização

PublishNews - 21/6/2005

Editora Larousse do Brasil lança dicionário para as crianças que estão aprendendo a ler. A Editora Larousse do Brasil lança esse mês, o Dicionário Larousse Infantil da Língua Portuguesa (Larousse do Brasil, 256 pp., R$ 49,90). Destinado a crianças a partir da fase de alfabetização, esta obra ajuda os novos leitores a descobrir e identificar as palavras com o auxílio de mais de 800 ilustrações que remetem ao universo infantil. Com o objetivo de aproximar o pequeno aprendiz da riqueza da Língua Portuguesa, as palavras são definidas com uma linguagem simples, seguidas de exemplos que as contextualizam em situações familiares à criança e, geralmente, acompanhadas com ilustração. O Dicionário Larousse Infantil da Língua Portuguesa foi criado para ser o primeiro dicionário por meio do qual a criança irá se familiarizar com o uso deste tipo de livro de referência. Por isso, apresenta sinônimos, antônimos e palavras da mesma família que promovem a ampliação do vocabulário e a utilização criativa da linguagem, assim como remissões. Os 2 mil verbetes apresentados na obra foram criteriosamente selecionados, privilegiando o vocabulário mais freqüente no universo da criança nesta fase. Os temas mais abordados nas contextualizações das definições referem-se aos elementos próximos à criança como a família e a escola, e transmitem noções de cidadania, cultura brasileira e saúde, entre outras.

foto: RM



Janela sobre a cidade (II)


Estou sozinho na cidade estrangeira, e não conheço ninguém, e não entendo a língua que falam. Mas alguém brilha, de repente, no meio da multidão, como de repente brilha uma palavra perdida na página ou uma graminha qualquer na cabeleira da terra.
.
Eduardo Galeano, As Palavras Andantes: LPM.

........................................................



Janela sobre a palavra (III)


Em guarani, ñé ~ e significa "palavra" e também significa
"alma".
Crêem os índios guaranis que os que mentem a palavra, ou a dilapidam, são traidores da alma.
.
Eduardo Galeano, As Palavras Andantes: LPM.

Menino de 11 anos vira autor de policial

O Estado de S. Paulo - 21/6/2005 - por Simone Menocchi

Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, seu primeiro romance policial. A história de um detetive de Paris que, por conta do destino, acaba esclarecendo um assassinato a bordo de um transatlântico se passa na década de 50 e não chamaria tanta atenção, não fosse o fato de o escritor ter somente 11 anos. O livro Morte a Bordo foi escrito em um ano e meio e, segundo o autor, sem nenhuma dificuldade. Antes de ser publicado pela editora SoMos passou pelo crivo de um professor do estudante da 5.ª série do Ensino Fundamental, dos pais e por último, da editora. "Ele usou linguagem própria, misturou com fantasia de criança e criou uma história boa, com princípio, meio e fim", diz a empresária Neide Pereira Pinto, diretora da editora.

fotos: Rodrigo Marins


Janela sobre o erro

Ocorreu no tempo das noites longas e dos ventos de gelo: certa manhã, floresceu o jasmim do Cabo, e no jardim da minha casa, o ar frio impregnou-se de seu aroma, e nesse dia também a ameixeira floresceu e as tartarugas despertaram.
Foi engano, e durou pouco. Mas graças a este erro, o jasmim, a ameixeira e as tartarugas puderam acreditar que alguma vez o inverno terminará. Eu também.
.
Eduardo Galeano, As Palavras Andantes: LPM.

terça-feira, junho 21, 2005

foto: Rodrigo Marins


Janela sobre a herança

(...)
Quando ela morreu, ele já era homem crescido e com ofício. Então os parentes de Pola disseram a ele:
_ Entre na casa e pode levar o que quiser.
E ele saiu com uma fotografia dela debaixo do braço e se perdeu nos caminhos.
Eduardo Galeano, As Palavras Andantes: LPM.

Cinema Portátil

O Globo/ Globinho



Globinho, 18/6/05
Imagine um cinema igual a um circo: que pode ser desmontado e ser novamente montado a cada cidade pelo qual passa! É assim o Cine Tela Brasil. Ele tem sido montado em cidades onde não existem cinemas. Desde o ano passado, ele já percorreu 25 cidades à beira das estradas. O público chegou a 58 mil pessoas. Destas, 52 mil nunca tinham ido ao cinema na vida Esta semana o cinema portátil chegou ao Rio. Ele vai viajar por 35 municípios do nosso estado onde não existem salas de cinema. A programação inclui quatro sessões diárias: as duas primeiras são dedicadas ao público infantil, com a exibição de “Tainá 2”. Só filmes brasileiros são exibidos. O objetivo é valorizar a cultura nacional. O Cine Tela Brasil tem 225 lugares, ar condicionado e até tapete vermelho na entrada. — Quando apaga a luz e começa a projeção, muitas crianças se assustam e depois dizem: “Nossa, no começo tive até medo por causa do tamanho da tela e da escuridão da sala.”— conta Laís Bodansky, idealizadora do Cine Tela. Antes de conseguir a tenda do Cine Tela, Laís viajou durante oito anos Brasil afora levando uma tela montável dentro de uma van. O problema é que o cinema não tinha cobertura nem cadeiras. — Se chovesse, não havia sessão. E só podíamos exibir os filmes quando escurecia, à noite, o que afastava a platéia infantil — conta ela.

segunda-feira, junho 20, 2005

As melhores fotos do ano de 2004, segundo a rede NBC.
Ligue o som!

Prainhas do Pontal, Arraial do Cabo


Pela janela do espaço abandonado, cenário. Cena vivida (?) revivida através da linguagem. Imagens em movimento no imaginário. Senti a loucura da saudade naquele cenário real. Senti a felicidade fictícia se aproximando. Cobranças e perguntas guardadas na gaveta, junto com o original engavetado, inscreveram-se. Limite entre o possível e a imponderável verossimilhança de personagens. Eu-Sara, Eu-Marcelo, Eu-Lia, Eu-Carlos, Eu-Richard, Eu-Clarice, Eu-Eduardo. Pedaços de tantos em tantas, perfazendo frases desses sujeitos inexistentes. Tão inexistentes que, ausentes _ elos _ presentes.

Alegria...

Prainhas do Pontal, Arraial do Cabo


Minha tradução da palavra Alegria em imagem:

Movimento, intercessão de céu e terra em
meio aquoso. Corpo em festa azul e amarela.
Duas cores primárias fundidas, gerando a terceira.

Prainhas do Pontal, Arraial do Cabo

Ilha do Farol, Arraial do Cabo

Ilha do Farol, Arraial do Cabo

Ilha do Farol, Arraial do Cabo

Ilha do Farol, Arraial do Cabo

Ilha do Farol, Arraial do Cabo



"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."
Clarice Lispector

Ilha do Farol, Arraial do Cabo

fotos: Rodrigo Marins


O fotógrafo - quem diria?! - saiu de dentro de mim. Já calça junto comigo e bate no meu ombro. Está sempre ligado nos efeitos da luz solar e volta e meia foca a lente em sua antiga morada. São olhares-presentes-raros. Estas são de ontem, depois das praias.

"A vida é a arte dos encontros...

19/06/05


...embora haja tantos desencontros." Vinícius de Moraes

Três anos de espera por um novo abraço merece efeitos especiais... e quebra de regras: semana de imagens pessoais no blog, algo a ver com intertextualidades e silêncios.
Se ela morasse aqui a minha vida seria muito mais feliz. Já falou isso pra ela? Não. Por quê não? Porque as palavras mais importantes ficam guardadas em silêncio.
Quebrando tabus: declaração de amor explícita e pública para minha querida irmã.
Explodi meu pote de silêncios.

Prainhas do Pontal, Arraial do Cabo, 19/06/05



Mistério

O mistério das coisas, o mistério das coisas, onde está
ele?
Onde está ele que não aparece ao menos para mostrar-nos
que não é mistério?
Que sabe o rio disso?
Que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei eu disso?
E sempre que eu olho para as coisas e penso no que os
homens pensam delas, eu dou risada.
Eu dou risada como um regato sua fresco numa pedra.
Porque o único sentido oculto das coisas é elas não
terem sentido oculto nenhum.
É mais estranho do que todas as estranhezas, do que os
sonhos de todos os poetas e o pensamento de todos os
filósofos,
que as coisas sejam o que realmente parecem ser e não
haja nada que compreender.
Sim, sim, heis, heis o que os meus sentidos aprenderam
sozinhos,
as coisas não tem significação, tem existência.
Fernando Pessoa

sexta-feira, junho 17, 2005

Sobre pedras, crianças e caminhos

No meio do caminho tinha a palavra
tinha a escrita no meio do caminho

No meio do caminho tinha uma pós
tinha encontros no meio do caminho

No meio do caminho, a monografia
tinha uma experiência incrível no meio do caminho

E o caminho foi se materializando com paixões: por livros + crianças + cinema + amigos + fotografia + arte + música + escrita + ... = Produção de Felicidade.

Começou hoje o meu projeto na UFF. Produção Cultural - Oficina de Cinema - fotografia e suas intertextualidades com artes plásticas, literatura, história, mitologia indígena, filosofia e brincadeiras de vida.

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra fundamental no meio do caminho.

No meio, - intensidade e emoção - a transformação do caminho.

Valeu Lenir e Vivi pelo companheirismo hoje!

quinta-feira, junho 16, 2005

Santa Teresa, RJ


Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade, Memória, Claro Enigma, 1951