Elo Primitivo

quinta-feira, setembro 29, 2005

Vias


“Não há decepções possíveis para um viajante, que apenas vê de passagem um lado da natureza humana e não gaba tempo de conhecer-lhe o lado feio.”

Machado de Assis.


“A quanta criança os mapas e as
figuras ama,
O mundo é igual ao seu apetite
Deus meu, que é grande o mundo
à vela em áurea chama!
Aos olhos da saudade, ah que é
Pequeno o mundo.

Charles Baudelaire

“A verdadeira viagem se faz na memória.”

Marcel Proust

“O esplendor dos mapas, caminho
abstrato para a imaginação concreta.
Letras e riscos irregulares abrindo para
a maravilha.”

Fernando Pessoa

“Na minha opinião, existem duas categorias principais de viajante: os que viajam para fugir e os que viajam para buscar.”

Érico Veríssimo.

Em Humano, demasiadamente humano (1886) Nietzsche diz que há cinco graus de viajantes: aqueles que querem mais ser vistos do que ver nas viagens; os que realmente vêem algo no mundo; os que vivenciam alguma coisa em função do que é visto; os que incorporam e carregam consigo as vivências da viagem e finalmente os que colocam as experiências incorporadas de novo para for a, através de ações e de obras, tão logo retornam à casa (Cf. Aforismo 228)

terça-feira, setembro 27, 2005

Pequeno dicionário de imagens amorosas 18

................................................................ SM


Imanente

sábado, setembro 24, 2005

Ensaio fotográfico

Clique aqui.
Depois aqui.
Agora me diz se o alfabeto hebraico não é poesia pura...

300 toques

Pijama xadrez, capa preta do Batman nas costas, cartola do Visconde de Sabugoza se equilibrando na cabeça, luvas vermelhas de goleiro, Be bit pendurado na cintura.
A bolinha de tênis ia pra lá e pra cá no corredor. De repente a cadela passa e atrapalha a jogada. JULIE! Julie Cabral Marins Barreto Nolasco, poxa!
Faz sentido... faz todo sentido do mundo.

150 toques

Frações

Na subtração não chegava a resultado inteiro. Aí se lembrou: - com - = +. Deixou a conta de lado e saiu assoviando, assim, sem mais nem menos.

sexta-feira, setembro 23, 2005

Jenny Holzer


Jenny Holzer


Jenny Holzer

Pequeno dicionário de imagens amorosas 17

SM - ninho de Bem-te-vi pequeno


EsPeRaNçA

Mitologia Indígena

SM - ninho de Bem-te-vi pequeno



Bem - Te - Vi grande "Pitahwa"e Bem - Te - Vi pequeno "Pitahwa-i" são passarinhos pajés, que, além de outros passarinhos pajés, são chamados quando alguém está doente, para curá-lo.

SM - ninho de Bem-te-vi pequeno

SM

quinta-feira, setembro 22, 2005

Primavera

SM

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Flores
.............Titãs
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Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro
Há flores por todos os lados
Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem

quarta-feira, setembro 21, 2005

Pequeno dicionário de imagens amorosas 16

SM


Pelagem

Pequeno dicionário de imagens amorosas 15

SM


Pêlo

Pequeno dicionário de imagens amorosas 14

SM
Pele

Pão de açucar

SM




"Passo o tempo todo pensando _ não racionalizando, não meditando _ mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo não sei o quê, mas aprendendo. E com a alma mais sossegada (não estou totalmente certa). Sempre quis "jogar alto", mas parece que estou aprendendo que o jogo alto está numa vida diária pequena, em que uma pessoa se arrisca muito mais profundamente, com ameaças maiores. Com tudo isso, parece que estou perdendo um sentimento de grandeza que não veio nunca de livros nem de influência de pessoas, uma coisa muito minha e que desde pequena deu a tudo, aos meus olhos, uma verdade que não vejo mais com tanta freqüência. "
Clarice Lispector, Cartas perto do coração.

terça-feira, setembro 20, 2005

SM

Pequenos-grandes leitores

SM


O silêncio da casa à tarde não era rotina. Faltavam gargalhadas, choros de arranhões, gritos de primeiros lugares. Fui espiar da varanda, lá estavam os três... não negam a origem. Muito bacana vê-los assim, brincando de leitura com a mesma dedicação das andanças a cavalo, pipas no ar, pique, bola de gude, video-game, banhos de piscina etc. Assim que me descobriram com a máquina gritaram: mãe, vem ouvir, esse livro é demais!

SM

SM

SM

SM

Venda de livro cai ao nível de 1991

Folha de S. Paulo - 17/9/2005 - por Antônio Gois
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Formar leitores no Brasil é tarefa difícil. Prova disso é que o mercado editorial de livros não-didáticos teve em 2004 um desempenho em vendas igual ao verificado em 1991. Segundo a Câmara Brasileira do Livro e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros, foram vendidos no ano passado 289 milhões de livros, ou 1 milhão a menos do que o montante negociado no início da década passada. Os números de 2004 até representam um avanço em relação aos do ano anterior, mas isso não é lá grande coisa, já que em 2003 o mercado viveu seu pior ano desde 1992. Esse pífio desempenho do mercado editorial ocorreu no mesmo período em que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve aumento na renda média do trabalhador brasileiro. Ela, apesar de ter oscilado após atingir seu pico em 1996 e ter voltado a cair desde então, cresceu 16,3% no período 1992 a 2003, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio. Os indicadores de escolaridade da população, em tese, também deveriam beneficiar o setor. Para Marino Lobello, vice-presidente de Comunicação da CBL, o aumento da renda e da escolaridade pouco influem no mercado por causa de uma questão cultural. "É verdade que esse é um país de renda média baixa, mas, mesmo que a renda aumente, o livro não faz parte da cesta básica cultural do brasileiro. É por isso que o mercado fica estabilizado num patamar. Ele cresce um pouquinho, cai depois, mas continuam sendo apenas 26 milhões de brasileiros que lêem quatro livros por ano e ponto final", afirma ele. O gasto médio das famílias brasileiras com livros, jornais ou revistas também é muito baixo se comparado com outros produtos que poderiam ser considerados supérfluos. A Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, realizada em 2003, mostra que, na divisão dos gastos em praticamente todas as classes sociais, esses artigos ficam atrás das despesas médias com cigarro, perfume ou cabeleireiro e manicure.

segunda-feira, setembro 19, 2005

SM

domingo, setembro 18, 2005

300 toques

Tentou 1001 possibilidades, mas ela disse não. Lambeu os sapatos do gato e ainda assim ela disse: rua.
Foi lamber em outras freguesias e passou a cuspir nos pratos que comia.
Vingança? Vaidade?
Mediocridade... ela me disse, uma pessoa a gente conhece no poder, na grana e na separação. Depois disso, apenas suspirou: Ufa!

sábado, setembro 17, 2005

Pequeno dicionário de imagens amorosas 13

SM



MEL: FLOR EM ESTADO LÍQUIDO
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Uma flor - a mesma - em diferentes dias, meses, estações

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"Em toda viagem há vários mundos que se cruzam. Ao começar seu caminho o viajante carrega consigo um mundo preenchido com suas lembranças, seus medos, seus desejos e amores. Ao longo do caminho outro mundo se desenrola, cheio de paisagens e de cores, que interpelam e modificam a paisagem inicial, fazendo surgir um cruzamento de experiências e de sensações que multiplicam os caminhos inaugurais. Toda obra poética propõe a seu leitor um mundo que é o resultado de um olhar que encontra outro olhar que um dia se pôs a andar pelas paragens da humanidade e inscreveu seus traços no território da linguagem. Se o mundo dos grandes poetas podem se multiplicar, isso se deve ao fato de que são capazes de multiplicar aqueles dos que os lêem. Talvez não possamos restituir inteiramente a bagagem que carregaram para dentro de seus caminhos, e talvez não estejamos à altura da aventura que nos oferecem em seu universo de palavras e letras, mas certamente estaremos diante de uma obra maior do espírito se, aos primeiros sons de seus versos, sentirmos necessidade de continuar a escutá-los para além das imagens e idéias que nos ocorrem nas primeiras linhas."
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Newton Bignotto, A condição humana, "Poetas que pensaram o mundo", organização de Adauto Novaes: Companhia das letras

SM

SM

Educar é preciso

Valor Econômico - 16/9/2005 - por Carla Romero
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Em 1973, o recente doutor em economia Sebastião Salgado abandonou as planilhas da Organização Internacional do Café em Londres, onde trabalhava, para se entregar, pela primeira vez, às lentes de uma Leica. Levou emprestado a câmera de sua mulher, Lélia, em uma viagem à África - região, agora, revisitada. A mudança de vida radical deu certo. Sebastião Salgado é o fotógrafo brasileiro mais influente do mundo na atualidade. Começou sua segunda carreira atuando como fotojornalista, cobriu guerras e foi integrante da Magnum Photos. Hoje, possui sua própria agência, a Imagens da Amazônia, e se dedica a projetos mais abrangentes, que acabam sempre tendo como produto final uma publicação. Seu mais recente livro é O Berço da Desigualdade(Unesco, R$ 120). Com textos e poesias do senador e ex-ministro da Educação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Cristovam Buarque, a obra aborda o déficit mundial de ensino por meio de 76 imagens. A fotografia da capa retrata crianças de uma escola num assentamento do Movimento dos Sem-Terra (MST), no Brasil. O olhar documentarista de Salgado revela a situação da população infantil que peleja por conhecimento em condições degradantes. O problema central - o acesso à escola - ganha um registro global.

quarta-feira, setembro 14, 2005

Pequeno dicionário de imagens amorosas 12

SM


cASAmento: asas inteiras ou quebradas batendo na mesma direção. Casa feita de pólen com beijos metamorflor. ReInvenção de si consigo pra fazer ainda mais, sempre e cada vez maior > o amor!

O segredo do casamento

Veja - 14 de setembro de 2005

Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consegui ficar casado trinta anos com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo.
Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo, no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter sua irrestrita atenção?
Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentaram a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.
Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração. Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro, e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos da união anterior.
Não existe essa tal "estabilidade do casamento", nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma "relação estável", mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer na própria família? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo.
Portanto, descubra o novo homem ou a nova mulher que vive a seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par. Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão; por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par. "

Stephen Kanitz é administrador por Harvard

O grifo é meu.

segunda-feira, setembro 12, 2005

Fernando Pessoa

SM

PARA SER GRANDE, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.
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Ricardo Reis

SM

sexta-feira, setembro 09, 2005

V.I.B.R,A.Ç.Ã.O

Novidade no Arscientia! Confira aqui .

Pequeno dicionário de imagens amorosas 11

SM



HALLELUJAH

Materia prima reciclável

SM

7 vidas

SM

Pequeno dicionário de imagens amorosa 10

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IRMÃOS

Terceiro Festival Internacional de Cinema Infantil

Confira a programação completa em www.festivaldecinemainfantil.com.br

quinta-feira, setembro 08, 2005

Em trânsito

SM


Penetra surdamente no reino das palavras
(...)
Cada uma tem mil faces secretas sobre a face neutra
e te pergunta, sem interesse pela resposta,
pobre ou terrível, que lhe deres:
Trouxeste a chave?

Carlos Drummond de Andrade

A fantástica árvore- brinquedo no meio do cotidiano caminho

SM

SM

SM

SM

SM Posted by Picasa

quarta-feira, setembro 07, 2005

Sobre o jabuti:

“Prêmios literários são coisas de patotas de editora”. Disse um célebre professor, escritor nunca premiado, apesar de ter milhares de exemplares vendidos e alguns de seus livros virado filme no cinema. Bem, esse cara conseguiu colocar a pulga atrás da minha orelha. Mas, como no Direito eu ouvia frases assim e quem acabava passando nos concursos era quem se matava de estudar, aprendi a desconfiar. A dúvida despertou interesse, desde então leio praticamente todos os indicados ao Jabuti. A conclusão que cheguei? Valeu professor! Obrigadão pelo estímulo!!! Se tem marmelada eu quero me lambuzar porque os livros desse ano são simplesmente ma-ra-vi-lho-sos! Ainda não li todos, estão na mesa de cabeceira _ uma amiga já me disse que isso faz um mal danado segundo o feng shui _ e eu devorando cada palavra de cada página de cada livro.

Dos infantis, Muito Capeta já figura na lista dos meus favoritos, assim como o da galerinha aqui de casa. “Moda - Uma História para Crianças” é um livro informativo com excelente trabalho de pesquisa, um passeio pelo universo da moda. Tudo bem, não é muito a minha praia, mas reconheço a qualidade. “Pé de Sapo e Sapato de Pato”, de Bartolomeu Campos de Queirós é um dos que não consegui comprar, por mais incrível que isso possa parecer.

Em Contos e Crônicas tenho que tirar o chapéu, ajoelhar e rezar para os senhores jurados que me apresentaram três obras primas já lidas e grifadas: “Urgente É a Vida”, de Alcione Araújo; “Histórias Mirabolantes de Amores Clandestinos”, de Edgard Telles Ribeiro e, especialmente, “Arquitetura do Arco-Íris”, de Cíntia Moscovich. Falta ainda Paraísos Artificiais e Típicos Tipos, mas vou com calma, overdose mata!

Em Romance já tinha sido apresentada a Cristóvão Tezza pela Flip e degustado cada imagem escrita de “O Fotógrafo”. Vozes do Deserto, de Nélida Piñon... bom, ainda não foi o meu momento com esse livro, guardei na estante, um dia volto a ele. "Lorde" está na cabeceira, já já chega a sua vez.

Na categoria Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil tenho tentado comprar o Nau Catarineta, de Roger Mello, tanto na net quanto nas livrarias, em vão. Um dia consigo. Mas “O Senhor do Bom Nome”, de Sérgio Sister é espetacular e chega num momento sintonia, quando acabei de fazer estudo para um ensaio fotográfico sobre o alfabeto hebraico _ que é poesia pura.

Bom, volto as minhas leituras necessárias da monografia, Jabuti só mais tarde, como sobremesa...

terça-feira, setembro 06, 2005

Pequeno dicionário de imagens amorosas 9

SM


"Pum: suspiro de cu apaixonado."

Rinaldo Nolasco

segunda-feira, setembro 05, 2005

Cartas a ninguém

Sabe aquela frase que de vez em quando volta na memória? Aquela... exatamente a frase que você não disse? Sabe quando você pensa sobre um momento passado que se repete no presente e de repente te dá uma luz de entendimento?
Sabe, você sabe que algumas coisas a gente não diz, não diz nem pra gente, não diz nem que a vaca tussa...

Lendo “Cartas perto do coração” eu me apaixonei pela amizade de Fernando e Clarice. É uma paixão tão forte que sinto mais saudade deles agora. E deu uma vontade de escrever pra todas as pessoas importantes da minha vida.
Algumas dessas pessoas nem sei por onde andam; outras, sei exatamente onde mas isso não importa. Escrevo cartas que jamais enviarei, por isso mesmo, cartas libertadoras de bom senso, explicações, repetições etc., etc., etc.

Por que estou dizendo isso? Sei lá, é que se você passou por aqui e por acaso me conhece, pode ser que tenha uma carta com seu nome no cabeçalho, nesse computador. Só eu vi esse filme, a versão é pessoal, intransferível e sua tradução para cartas não serve absolutamente para nada, são cartas para ninguém.

domingo, setembro 04, 2005

What's your dream?

fotos e arte: SM

fotos e arte: SM



"O homem está superando as longitudes mais afastadas no menor espaço de tempo. Está deixando para trás de si as maiores distâncias e pondo tudo diante de si na menor distância
E, no entanto, a supressão apressada de todo distanciamento não lhe traz proximidade. Proximidade não é pouca distância. O que, na perspectiva da metragem, está perto de nós, no menor afastamento, como na imagem do filme ou no som do radio, pode estar longe de nós, numa grande distância. E o que, do ponto de vista da metragem, se acha longe, numa distância incomensurável, pode-nos estar próximo. Pequeno distanciamento ainda não é proximidade, como um grande afastamento ainda não é distância."

Ensaios e conferências, Martin Heidegger: Vozes, 2001. A Coisa, pg. 143.

Uma Vida em Segredo



Quem estaria fazendo um cinema parecido com o seu hoje no Brasil?

"Rotular é limitar. "Cinema parecido com o seu" como você fala é uma limitação. Tudo depende da obra escolhida e da coerência que precisamos ter ao criar determinada obra. A coerência interna da cada filme depende dos temas, e dos estilos que esses temas pedem para desenvolvermos. Assim como fiz um filme tipo Uma Vida em Segredo, também posso optar por encarar outra obra cuja coerência interna pedirá outro estilo, outro ritmo e outro elenco. Cada filme é cada filme. O cinema é uma grande desordem e vários estilos coexistem lado a lado."
Suzana Amaral

sábado, setembro 03, 2005

SM - Lagoa Rodrigo de Freitas



P edalando na lagoa
E u o vi fazendo pose.
L evei o pedalinho lá.
I ndiferente a mim, ele
C ontinuou sua ginástica
A sas encolhidas-esticadas
N ão sabiamos quem erámos,
O lhos nos olhos azuis

P ensamento criando
A rte com as imagens.
R egistrei em foto,
D epois desvendei
O tal olhos nos olhos:

SM - Lagoa Rodrigo de Freitas

SM - Lagoa Rodrigo de Freitas